Minha Esposa Muda romance Capítulo 1181

Thales acenou levemente.

Flavia parecia desconfortável novamente e, de maneira um pouco forçada, disse, "Então você pode entrar primeiro."

Thales a observou calmamente, como se sugerisse que seu gesto era desnecessário, afinal, o que ele não tinha visto dela?

Após um breve impasse, Thales cedeu e entrou na caverna.

No entanto, ele pegou um lençol para ela, rasgando um pedaço de tecido para que ela pudesse usar como toalha.

Flavia aceitou o pedaço de tecido, dizendo "Obrigada."

De qualquer forma, ele realmente a havia ajudado. Apenas eles dois estavam ali, então Flavia tentou coexistir pacificamente com ele o máximo possível.

Para evitar que ele dissesse algo sobre ela ser ingrata novamente, como se ela simplesmente usasse as pessoas e as descartasse.

"De nada."

Thales virou-se e caminhou para dentro da caverna, dando alguns passos antes de olhar para trás e dizer, "Se precisar de ajuda, é só chamar."

Talvez ele tivesse dito isso muitas vezes, pois embora desta vez ele estivesse se referindo apenas a ajudar normalmente, a primeira reação de Flavia foi interpretar mal.

Ela ficou com o rosto tenso, baixou a cabeça para lavar o tecido como se não tivesse ouvido o que ele disse.

Flavia não se apressou em lavar, esperando até que começasse a escurecer. Então, ela tirou suas roupas e se limpou rapidamente.

A fonte era conveniente, e após lavar-se, ela limpou o local algumas vezes até que estivesse limpo.

Depois de terminar, ela finalmente se sentiu revigorada, como se tivesse tirado um peso de si.

Ela voltou para a caverna usando o casaco de Thales. Ele já havia feito uma fogueira, e a luz quente do fogo iluminava seu rosto, suavizando suas feições.

Ele levantou os olhos e a viu; o casaco parecia desajustado nela, grande e longo, chegando apenas aos seus joelhos, dando a impressão de uma criança vestindo roupas de adulto.

Flavia sentou-se um pouco distante dele, com uma distância meio incômoda entre eles, o que era bastante estranho.

Essa distância exemplificava perfeitamente a relação entre estranhos que se conhecem.

De repente, ela sentiu um aperto em sua cintura, o que a assustou.

A respiração do homem chegava até ela por trás, fazendo com que ela se tensionasse completamente.

O efeito da droga ainda estava presente, embora não tão intenso quanto nos dias anteriores, permitindo que ela mantivesse algum controle.

"O que você está fazendo?"

A cabeça do homem estava apoiada em seu ombro, e sua voz soou ao pé de seu ouvido, "Depois que sairmos, você ainda vai falar comigo?"

Ao ouvir isso, Flavia ficou em silêncio.

Essa era claramente uma pergunta inútil. Eles ainda nem haviam saído, e ela mal havia falado com ele, que dirá depois.

"Você ainda não quer me ver?"

Flavia forçou um sorriso, mas ao tentar responder, percebeu que nenhuma resposta seria adequada.