Minha Esposa Muda romance Capítulo 1199

Mas, uma vez fora, ainda era um desconhecido.

Thales retirou o olhar, colocando um pedaço de verdura selvagem na boca.

Sob a atmosfera tranquila, Flavia de repente ouviu um zumbido, levantando a cabeça instintivamente.

Estava muito longe, não parecia uma abelha nem um mosquito, mas mais como o som de um drone.

"Que barulho é esse?"

Thales lançou um olhar para o céu, que estava escuro demais para ver qualquer coisa.

Ele disse casualmente, "Provavelmente é um drone que o Fábio mandou."

Flavia se assustou, lembrando-se do que André havia dado a ela, e imediatamente ficou nervosa. "Apague o fogo rápido, vai ser um problema se formos vistos!"

"Certo."

Thales pegou a panela que estava sobre a pedra e jogou água no fogo, mergulhando os arredores na escuridão.

Flavia se aproximou do homem ao seu lado, olhando para o céu com cautela.

Felizmente, o som permaneceu distante e não se aproximou, durando cerca de dez minutos antes de finalmente desaparecer.

Depois de esperar em silêncio por mais dez minutos e se assegurar de que o som do drone não podia ser ouvido novamente, Flavia soltou um longo suspiro.

"Finalmente se foram."

Thales não respondeu.

Ela começou a tatear ao redor, recolhendo galhos para reacender o fogo, sentindo-se insegura sem ele, como se algo pudesse rastejar sobre ela a qualquer momento.

Flavia se ocupou e logo a luz do fogo brilhou novamente.

Ela voltou para o lado de Thales. "Pronto, quer tentar dormir um pouco?"

Thales balançou a cabeça levemente. "Dorme você, você não dormiu ontem à noite, não é?"

De fato, Flavia não havia dormido na noite anterior nem hoje, passando o tempo todo em alta tensão. Até Thales mencionar, ela não havia sentido o peso do cansaço.

Otávio parou, olhando surpreso para Sete. "Agora que você falou, não é impossível."

"O que vamos fazer então?"

Otávio olhou para o quintal onde estavam hospedados no ponto abandonado por André, que era uma pequena vila com apenas cinco ou seis casas, todas habitadas por seus homens agora.

Os poucos residentes eram todos idosos, não representando ameaça, mas eles também não poderiam ficar ali para sempre, certo?

Além deles, havia pessoas da família Martins, somando cerca de trinta pessoas, todas hospedadas ali temporariamente.

"Esperamos, o que mais podemos fazer? Quer entrar lá e procurá-lo?"

Sete se encolheu. "Deixa pra lá."

Enquanto conversavam, de repente ouviram o som da buzina de um carro do lado de fora. Imediatamente pegaram suas armas e saíram com cautela.

Seus homens não iriam buzinar no meio da noite assim; com certeza eram estranhos chegando.