Minha Esposa Muda romance Capítulo 1204

Quando voltou, Thales já tinha acordado. Ele estava sentado em frente à fogueira, fixando o olhar na entrada da caverna.

"Por onde andou?"

Flavia olhou para as flores de madressilva que segurava no colo, sentou-se diante dele e perguntou, "Você está se sentindo melhor?"

"Por enquanto, ainda não morri." Seu olhar vagueava pelos ombros nus dela, descendo do torso até as pernas.

Percebendo seu olhar, Flavia pegou o casaco dele e o vestiu, bloqueando sua visão.

Thales não pôde evitar um sorriso, "Você tem medo do que eu poderia fazer com você neste estado?"

Flavia hesitou por um momento, ignorando seu comentário, e começou a triturar as flores de madressilva para aplicar na ferida dele.

Ainda havia um calor emanando dele, e após a aplicação do remédio, finas gotas de suor surgiram em sua testa.

Flavia disse, "Você precisa descansar por agora. Falaremos sobre isso quando estiver melhor."

De repente, ele a abraçou, "Você vai caçar para me sustentar?"

Flavia ficou surpresa; ela não sabia caçar, mais provável seria tornar-se presa de algum animal selvagem.

"Vou pensar em algo, mas me solte primeiro."

"Estou com frio."

Flavia tentou tirar o casaco, mas ele a impediu, "Não tire, senão eu não resistirei."

"…Em um momento como este, você ainda pensa nessas coisas?"

"Se você se vestir direito, eu paro de pensar."

No fim, Flavia não ousou tirar o casaco; ela temia que Thales não fizesse nada, mas ela mesma não resistiria.

Ela se desvencilhou de Thales e se levantou, dizendo, "Então, vou sair para coletar mais lenha. Descanse bem."

Ela saiu da caverna e começou a coletar lenha ao redor, garantindo que não faltaria combustível como na noite anterior. Ela acumulou vários montes na entrada da caverna.

Enquanto isso, em outro lugar.

Os carros seguiam por uma estrada esburacada, com vários veículos acompanhando Marcelo. Ele olhou de relance pelo retrovisor.

Ele sorriu.

Otávio continuou seguindo-o, da estrada de terra para o asfalto, e então por um longo caminho até a área urbana.

Quando estavam quase chegando à área movimentada, Otávio recebeu uma mensagem no celular.

Ao abrir, viu que era de um número desconhecido: "Com tantas pessoas, você acha que André não vai perceber?"

Otávio hesitou, olhando automaticamente para o carro à frente.

Ele estava com muitas pessoas ultimamente, mas isso também era uma razão pela qual não conseguiram capturar André. No entanto, se não levassem um grupo grande, temiam não ser capazes de enfrentar os homens de André.

Era um dilema: com muitas pessoas, o alvo era muito grande; sem apoio, temiam perder a luta.

Após refletir por um momento, decidiu mandar todos de volta, mas antes que pudesse dar a ordem, recebeu outra mensagem de Marcelo.