Minha Esposa Muda romance Capítulo 1273

Após a queda, ela se levantou novamente e começou a procurar ao redor, nos arbustos.

Marcelo observava enquanto ela afastava a grama que mal chegava aos tornozelos em busca de alguém, com um olhar que transbordava incredulidade.

Uma pessoa tão grande, que poderia ser vista facilmente, como poderia se esconder em grama tão rasa.

Flavia vasculhou toda a grama ao redor sem encontrar nada e, então, se dirigiu a um local mais distante, pensando que Thales poderia ter apenas fugido gravemente ferido, indo para longe.

Ela continuou sua busca morro acima por um tempo, mas ainda sem sinal de Thales.

Marcelo também desceu para ajudar. Quando chegou à metade do morro, parou abruptamente e olhou para baixo, notando gotas de um vermelho vivo nas folhas.

Ele se abaixou e passou a mão, ficando com ela coberta de sangue.

Franziu a testa, passou a mão novamente pela área ao redor, e sua mão ficou inteiramente ensanguentada.

“Flavia.”

Ao ouvir a voz séria dele, Flavia se virou.

Ela se aproximou de Marcelo e, seguindo o olhar dele, viu primeiro o sangue na palma da mão dele.

Flavia prendeu a respiração, agachou-se lentamente, e tocou a grama úmida. Ao virar a palma da mão para si, viu-a completamente vermelha.

Seu olhar vacilou, e ela olhou para cima, para o lugar mais alto, onde tinha visto Thales cair.

Flavia lutou para controlar as emoções que borbulhavam dentro dela, tentando se levantar, mas caiu impotente no chão.

Marcelo tentou ajudá-la, mas ela recusou sua mão e rastejou morro acima, seguindo um caminho quase totalmente coberto de sangue.

Seus dedos, braços e a manga da camisa estavam encharcados com o orvalho misturado a sangue.

Flavia voltou ao topo do morro e também viu uma poça de sangue no chão.

Ela fixou o olhar no sangue, recriando mentalmente a cena de Thales caindo e suas feridas, até que as lágrimas escaparam sem controle.

Marcelo respondeu lentamente, “Não sei.”

Feliz não era bem a palavra.

“Você sempre quis matá-lo, não é? Agora, você deve estar esperando que ele esteja morto.”

“Você está enganada. Ele não morreu pelas minhas mãos. Se ele está vivo ou morto, realmente não me importa tanto.”

“Então por que você não o ajudou? Eu te implorei tanto, por que você não me deixou sair do carro?”

Marcelo riu, “Você queria morrer por ele, mas eu não.”

Flavia parou de falar com ele, desviou o olhar e se levantou do chão.

Ela continuou a procurar por Thales.

Enquanto não visse o corpo, ela continuaria acreditando que Thales ainda estava vivo. Afinal, se Marcelo tinha sobrevivido, ele certamente também poderia estar vivo.