Minha Esposa Muda romance Capítulo 135

Rodrigo arqueou uma sobrancelha, mas não lhe explicou que ele não era Thales.

Ele estendeu a mão e cumprimentou Eduardo com um aperto de mão: "Bom dia, podemos entrar para conversar?"

"Claro, claro, entrem, por favor." - Eduardo estava prestes a sair, mas decidiu ficar após a chegada deles.

Flavia não sabia o que Rodrigo estava planejando, mas ela confiava nele o suficiente para acompanhar.

Eduardo os recebeu calorosamente, servindo água e trazendo frutas.

Ao entrar, Rodrigo olhou ao redor. O sofá estava meio desarrumado, coberto por um cobertor um tanto gasto, destoando do luxo do ambiente.

Ele pegou o cobertor, e sem precisar cheirá-lo, o odor característico de idoso atingiu-o em cheio.

"Ai, senhor, isso está sujo. Vou levar para dentro." - Eduardo pegou o cobertor e correu para o banheiro, jogando-o no cesto de roupa suja.

Rodrigo continuou seu tour pela casa, notando no armário de bebidas ao lado da sala de jantar um prato com um par de facas e garfos guardados em cima.

Alguém estava cozinhando na cozinha, com a porta fechada, impedindo de ver quem era.

Quando Eduardo voltou, Rodrigo perguntou: "Quem está cozinhando é sua esposa?"

A expressão de Eduardo mudou; sua esposa havia ido para a casa de sua mãe e ainda não tinha retornado. Quem cozinhava era sua mãe.

Ele deu um sorriso forçado.

"É minha mãe. Ela gosta de se manter ocupada com essas coisas, senão fica inquieta."

Rodrigo acenou com a cabeça e voltou a se sentar no sofá: "Vamos falar do que interessa."

Os olhos de Eduardo brilharam, e ele esfregou as mãos: "A senhora devia falar com o senhor, né?"

Rodrigo acenou com a cabeça: "Sim, ela me contou. Então, não precisa fingir, vamos ao que interessa."

Eduardo hesitou, perdendo a paciência: "O que vocês realmente querem aqui? Ainda estão interessados em negociar, ou podem ir embora? A família Duarte, tão rica, e aqui discutindo por meio milhão, que vergonha!"

"Você não vai maltratar sua mãe quando estamos de saída?"

Eduardo riu com desdém: "Isso é problema meu. Se não vão pagar, parem de fingir que são os bons da história."

Nesse instante, Marisa saiu da cozinha, batendo com a espátula na cabeça de Eduardo.

"Desgraçado! Você ousa pedir isso? Trocar sua própria mãe por meio milhão, melhor me matar logo!"

Eduardo, segurando a cabeça, virou-se furioso para Marisa, levantando a mão para bater: "Sua velha, está procurando problema?"

Marisa encarou-o sem medo, oferecendo o rosto a ele: "Vai, me dá um tapa! Deixe eles verem como você trata sua mãe, seu monstro sem coração. Ainda quer dinheiro, merece viver na miséria!"

Eduardo, com a respiração ofegante de raiva, se conteve, sabendo que sua mãe não resistiria ao golpe.