Minha Esposa Muda romance Capítulo 1402

Quando se encontraram, ambos ficaram surpresos.

Era um homem de meia-idade, provavelmente na casa dos quarenta. Apesar de estar vestido com um terno elegante, carregava uma maleta de medicamentos nas mãos.

Ela também se surpreendeu ao vê-lo, pois, apesar de ter visitado aquele lugar tantas vezes, era a primeira vez que via uma mulher naquela mansão, ainda mais segurando uma criança.

Após um breve olhar, o homem acenou com a cabeça em sinal de cumprimento e passou por ela.

Flavia, pensativa, apressou-se em direção ao quarto.

A porta estava aberta, e Thales estava de costas para ela, abotoando sua camisa.

Provavelmente ao ouvir os passos, ele se virou e olhou em direção à porta, perguntando: "Como você entrou aqui?"

Flavia não sabia se ele estava fingindo ou realmente não sabia que a porta estava aberta, e não respondeu à pergunta de Thales, entrando com a criança no colo, observando-o atentamente.

"Eu acabei de ver um médico saindo deste quarto."

Ela observou Thales, tentando decifrar algo em sua expressão, mas ele simplesmente se virou novamente e terminou de abotoar sua camisa.

Flavia se aproximou dele, observando-o de cima a baixo, "O que aconteceu com você?"

Thales hesitou por um momento, encarou-a e depois caminhou em direção ao sofá, "Você costuma invadir a casa das pessoas no meio da noite assim?"

Flavia se sentiu constrangida, ele sempre usava esse tipo de comentário para afastá-la, e ela já estava acostumada, adotando uma atitude de desistência, "Então chame a polícia para me prender."

Ele massageou suas têmporas, sem forças, "Quantas vezes preciso dizer que você está procurando a pessoa errada?"

Flavia continuou em pé diante dele, o encarando fixamente, sem dizer uma palavra ou se mover.

Os dois se encararam em silêncio.

Pequeninho começou a se agitar no colo de Flavia, querendo descer.

Ela o colocou no chão, e ele começou a explorar como se tivesse descoberto um novo mundo, rastejando até embaixo de uma cadeira, onde ficou um tempo explorando antes de rastejar na direção de Thales.

Por fim, ele disse, "Obrigado, mas não preciso de um afilhado."

"Então escolha um nome."

Thales suspirou, sua expressão usualmente inexpressiva agora misturada com resignação.

Flavia o olhava esperançosa.

Depois de um tempo, ele cedeu, "Qual é o sobrenome?"

"Qualquer sobrenome que você quiser."

Ele se sentiu provocado, olhando para a pequena criatura ao seu lado, e disse com amargura, "Se você realmente não gosta dessa criança, melhor jogá-la fora."

Pequeninho olhava com grandes olhos inocentes, completamente alheio à conversa, e simplesmente demonstrou sua habilidade especial – colocar o pé na boca.

Flavia sorriu sem jeito, "Então, por favor, me faça esse favor."