Minha Esposa Muda romance Capítulo 1415

Chegando ao balcão do segundo andar, daqui podia-se ver o balcão da casa dos Thales, uma pena que ficasse tão distante e não desse para ver claramente.

Então, ela tirou um par de binóculos.

Através dos binóculos, ela viu a varanda do segundo andar da casa vizinha, a porta estava aberta, mas não havia ninguém dentro.

Ela também olhou para o quintal e viu a Catarina saindo para jogar o lixo fora.

Flavia colocou os binóculos de lado e correu escada abaixo, indo em direção à casa ao lado.

Quando Catarina voltou do lixo, encontrou Flavia na porta, imediatamente sorriu e cumprimentou Flavia.

“Senhorita Lopes, veio visitar?”

Flavia, com as mãos nos bolsos do casaco, tentou parecer casual ao dizer, “Ah, eu estava apenas passeando por aqui.”

Enquanto falava, ela lançava olhares discretos para dentro da casa.

Catarina notou seus pequenos gestos, “O senhor Nunes está em casa, gostaria de entrar para fazer uma visita?”

“Isso não incomodaria o senhor Nunes?”

“Imagina, ele nem tem saído de casa esses dias, ele ficará feliz com sua visita.”

Flavia forçou um sorriso, ele ficaria feliz, mais provável que quisesse me jogar para fora.

Catarina já estava abrindo a porta, “Entre.”

Flavia hesitou, mas acabou seguindo-a para dentro.

Antes mesmo de entrar, Catarina já gritava de dentro, “Senhor Nunes, a senhorita Lopes chegou.”

Quando Flavia entrou, viu Thales no salão. Ele estava vestindo uma camiseta branca fina, inclinado desajeitadamente no sofá, olhando para Flavia na porta.

Da última vez que Flavia saiu irritada e agora estava de volta, parecia um pouco desconfortável.

Ela explicou, “Eu acabei encontrando Catarina lá fora, e ela insistiu para que eu entrasse.”

“Você acordou bem cedo, hein.” Ele apontou, casualmente.

Quem acorda tão cedo só para passear na porta dos outros? Ainda mais encontrando Catarina enquanto ela jogava o lixo fora, que coincidência.

Flavia ficou sentada no sofá, meio perdida, como se já estivesse acostumada com a sua rejeição distante, ela não sentia muita emoção.

Porque ela sabia, sem entender completamente, não faria julgamentos precipitados.

Assim como antes, quando ela não sabia da história dos dispositivos de escuta, além disso, ele certamente tinha outras coisas escondidas dela.

Poucos minutos depois, Thales desceu, vestindo um sobretudo preto grosso que o fazia parecer mais alto e esguio, como se alongasse ainda mais a linha do seu corpo.

Passando por Flavia, ele pausou por um momento e olhou para ela.

"Senhorita Lopes, fique à vontade."

Dito isso, ele saiu sem olhar para trás.

Flavia observou sua silhueta se afastar, puxando o canto da boca.

Ela se levantou e foi até o andar de cima ver a criança, abrindo a porta do quarto, Pequeninho estava dormindo profundamente na cama, mordiscando o dedo, com saliva escorrendo pelo canto da boca.

Flavia se aproximou da criança, sentou-se ao lado dela e tirou um lenço do bolso, limpando a saliva do canto da boca.