Minha Esposa Muda romance Capítulo 146

Ela encolheu o pescoço, tentando recuar, mas a cadeira quase virou para trás, e ela só pôde reprimir o medo, baixando a cabeça com medo.

Marcelo levantou a cabeça dela, forçando-a a olhar nos olhos dele.

"Você se lembrou de algo?"

Com lágrimas nos olhos, ela olhou para Marcelo, esforçando-se para se lembrar de tudo que aconteceu nos últimos anos.

Ela não sabia o que ele queria que ela se lembrasse.

O que exatamente se lembrar...

Flavia olhou para ele sem esperança, querendo ouvir a resposta de seus lábios.

Ele apenas sorriu, como se entendesse o que estava nos olhos dela, balançando a cabeça levemente: "Eu não vou te dizer. Mas se você se lembrar, não me olharia assim."

Flavia abriu a boca, mas viu Marcelo se aproximar.

Suas pálpebras tremeram instintivamente, ela se inclinou para trás.

O rosto dele ampliou diante de Flavia, quase tocando o dela, Flavia instintivamente tentou se esquivar.

Marcelo segurou o rosto dela, impedindo-a de se mover, com as pontas dos narizes se tocando, respirações entrelaçadas, em uma intimidade ardente.

Flavia prendeu a respiração, sem se atrever a se mover.

Marcelo disse: "Flavia, você realmente deveria morrer."

Flavia moveu os olhos, encontrando os dele, sorridentes, e seu coração falhou.

No segundo seguinte, ele abruptamente agarrou a cadeira, empurrando-a para longe.

A cadeira se tombou no chão, e Flavia caiu pesadamente mais uma vez, como se todos os seus órgãos internos estivessem prestes a se soltar.

Ela se encolheu de dor, sem uma gota de cor em seu rosto, enquanto o suor frio escorria por sua testa.

Quão doloroso era, ninguém sabia.

Ela não conseguia gritar.

Marcelo também não se envolveu mais com ela, virando-se para deixar o quarto, a porta se fechou, deixando apenas Flavia sozinha no chão.

Seus pulsos e tornozelos estavam todos esfolados pelas cordas e manchados de sangue.

Thales sentava-se no sofá da sala de estar, com pedaços de papel espalhados ao seu redor, os quais eram os documentos rasgados do divórcio, repousando tranquilamente a seus pés.

Nas vezes anteriores, ele rasgava os documentos, e Flavia obedientemente ficava.

Mas desta vez, aqueles pedaços de papel jaziam no chão por um dia inteiro, ainda sem notícias da pequena muda.

Lucas hesitava na porta, temendo entrar.

Pois, após um dia de busca, não havia vestígios de Flavia, Bianca desaparecera nos pontos cegos da câmera, e depois não houve mais sinal das duas.

São Siena era tão grande, elas ficavam sem o uso de celulares, sem conexão com a internet, mesmo uma busca minuciosa levaria quase meio mês.

E quem sabe se elas ainda estariam em São Siena até lá.

Ele espiava para dentro da sala de estar pela porta, onde estava escuro como breu, mas podia vagamente ver a silhueta no sofá.

Justo quando Lucas estava sem saída, um carro acelerou e parou com precisão do lado de fora da villa.

Sérgio desceu apressadamente do carro, aproximando-se de Lucas e perguntou baixinho: "E então? Alguma pista?"