Minha Esposa Muda romance Capítulo 1586

Thales a envolveu em seus braços, acariciando suavemente seus cabelos, "Não me faça ficar preocupado."

Flavia permaneceu em silêncio, sem dizer uma palavra.

Thales não estava pedindo que ela cortasse laços com Bianca, apenas que limitasse o contato, pensando na segurança de Flavia. Ela não tinha argumentos contra isso.

Ele estava certo; agora que ela tinha filhos, precisava priorizá-los. E mesmo que fosse procurar Bianca, em situações como a que acabara de ocorrer, ela não conseguiria ajudar muito.

Após algum tempo, ela estendeu a mão, passando-a pela cintura do homem, e o abraçou, "Eu entendo."

"Sim."

Pequeninho estava sentado ao lado, olhando fixamente para os dois por um momento, antes de se levantar da cama.

Pelo canto do olho, Flavia notou que ele se levantara e rapidamente empurrou Thales, pegando a criança em seus braços.

Thales esboçou um sorriso irônico, lançando um olhar ressentido para o pequeno.

Sempre era ele que estragava os momentos.

Agora, no coração de Flavia, os dois filhos vinham em primeiro lugar, Pablo em segundo, e ele talvez tivesse subido um pouco na hierarquia, antes de Bianca.

Flavia, segurando Pequeninho, reclamou, "Ele é o mais perigoso agora, sempre se levantando para nos assustar."

Ele mal conseguia se manter em pé, mas nunca desistia e sempre se levantava, apenas para cair no chão de novo, sem aprender a lição mesmo após algumas quedas.

Se por acaso não estivessem olhando, ele se levantaria e logo se ouviria seu choro desesperado.

Thales comentou, "Quando ele crescer um pouco mais e conseguir se equilibrar, ficará melhor."

Flavia suspirou, "Parece que vai demorar muito, quando ele vai crescer?"

Thales sorriu, olhando para Pequeninho com uma expressão complexa, "Logo."

"Certo."

Embora a queimadura ainda doesse, ela não queria continuar em casa. Sair um pouco poderia ajudá-la a esquecer a dor.

Ela arrumou tudo, colocou Pequeninho no carrinho e o empurrou para fora. Sempre que saíam com o pequeno, levavam várias coisas, o que era um pouco trabalhoso.

O tempo estava esquentando, o clima estava agradável, ensolarado e com uma brisa leve. As árvores na rua já estavam com novas folhas, e o caminho estava verdejante.

Thales empurrava o carrinho enquanto Flavia segurava Carla pela mão. A família de quatro passeava pela rua, com a luz do sol filtrando pelas folhas e criando sombras dançantes sobre eles, como uma pintura em aquarela.

Duas crianças adoráveis e seus pais jovens e bonitos sempre chamavam a atenção dos transeuntes.

Sentindo o ar fresco, Flavia se sentiu mais leve e animada.

Estacionado na beira da estrada, não muito longe, havia um carro. Dentro dele, alguém observava atentamente a direção deles, absorvendo a cena calorosa da família.