Minha Esposa Muda romance Capítulo 1705

Embora Flavia normalmente fosse severa com Pequeninho, bastava ele chorar para que seu coração amolecesse.

Thales suspirou, "Vamos dormir."

Ele franziu a testa, claramente preocupado com algo, indicando que provavelmente não haveria mais nada a ser discutido naquela noite.

Flavia apagou a luz e deitou ao lado dele.

No entanto, ela não conseguia dormir, pois o telefone de Pablo estava desligado. Ela tentava se acalmar pensando que poderia ser por falta de sinal ou que ele estivesse em um avião.

Ela finalmente adormeceu tarde da noite, após rolar na cama por horas.

Na manhã seguinte, a primeira coisa que fez foi tentar ligar para Pablo novamente, mas ainda estava desligado, o que a deixou um pouco preocupada.

Ela então pensou em Pequeninho e rapidamente largou o telefone para verificar o quarto ao lado.

Os dois meninos estavam dormindo profundamente, o que a tranquilizou.

Ao descer, Íris já havia preparado o café da manhã. Flavia a chamou e perguntou, "Quanto tempo Pequeninho chorou ontem à noite?"

"Chorou por meia hora antes de adormecer, senhora. Não se preocupe, o pequeno senhor não é tão frágil e logo se acostumará a dormir sozinho."

Flavia assentiu. Na verdade, uma criança tão pequena não precisava dormir separada, mas Thales estava muito decidido, então por enquanto, seria assim.

"Onde está Thales?"

"Ele saiu cedo."

"Saiu de novo?"

"Sim, não disse para onde ia."

"Entendi."

Flavia sentou-se à mesa de jantar. Ontem ele apareceu de repente, e hoje saiu cedo novamente. Como alguém que não tem emprego pode estar tão ocupado?

Será que o problema de Pablo ainda não estava resolvido?

Ela tentou ligar para Pablo novamente, mas o telefone ainda estava desligado.

Naquele momento, Pablo estava em um barco, mas não em sua cabine. Ele estava em um compartimento escuro onde eram guardadas bagagens.

Além dele, havia outra pessoa, ambos agachados no escuro.

Pablo comentou, "Por enquanto, não podemos voltar ao Vale do Céu Dourado."

"Por quê?"

"Há tantas emboscadas pelo caminho que provavelmente seríamos atacados antes mesmo de chegar lá."

Pablo estava angustiado.

Mesmo tendo escapado, ele não podia voltar para seu território. E não sabia quantos de seus homens ainda eram leais a ele.

É possível que metade já tivesse traído.

Então, voltar poderia não ser seguro; na verdade, poderia ser ainda mais perigoso.

O barco navegou por dois dias antes de finalmente parar, e alguém bateu na porta para entrar.

Assim que a porta se abriu, a luz do lado de fora iluminou o local, e Pablo e Ismael se levantaram rapidamente.

A pessoa que entrou disse em voz baixa, "Venham rápido, só posso levá-los até aqui, o próximo passo é passar pela alfândega."