Minha Esposa Muda romance Capítulo 172

Marcelo disse: "Essa pergunta não deveria ser minha?"

Thales ainda ignorou a primeira parte de sua frase e perguntou: "Eu quero saber o motivo pelo qual você fez isso, e qual é o seu propósito em se infiltrar na família Duarte?"

Marcelo também acendeu um cigarro, inclinou-se para fora da janela do carro, olhando para a paisagem noturna lá fora, e disse: "E se eu não quiser conversar?"

"Não importa, se você não quiser falar, então não fale. Os bens que você desviou, você terá que encontrar uma maneira de devolvê-los" - disse Thales calmamente.

Ao ouvir isso, Marcelo não pôde deixar de rir.

"Thales, você acha que é apropriado dizer isso?

"Marcelo, não fui eu quem disse isso, você deveria saber, não há necessidade de fazer joguinhos comigo aqui, não estou gravando."

Os dedos de Marcelo, segurando o cigarro, pausaram por um momento. Desde que entrou no carro, a conversa entre Marcelo e ele foi cautelosa.

Thales não revelou suas cartas primeiro, e muitas coisas ele não disse. Se escutar atentamente, poderia perceber que ele estava seguindo o fluxo da conversa de Thales.

Ele temia que Thales estivesse com um gravador no bolso agora, e se ele deixasse escapar qualquer coisa, ele não deveria pensar em sair da família Duarte esta noite.

Marcelo não esperava que ele adivinhasse seus pensamentos tão rapidamente.

Ele sabia antes que Thales não era fácil de lidar, então ele seguiu as regras na empresa nos últimos anos, sem ousar fazer movimentos precipitados.

Desta vez, ele finalmente pegou uma oportunidade, mas foi contra-atacado por Thales.

Agora Marcelo tinha que começar a levar esse homem a sério novamente.

Ele virou a cabeça para olhar para Thales, o sorriso em seu rosto também desapareceu, o cabelo levemente enrolado cobrindo suas laterais, tornando sua expressão indescritível.

"Thales, eu só vou lhe fazer uma pergunta".

"Fale."

"Se você realmente sabe sobre a origem da Flavia ou não?" - A voz de Marcelo estava diferente do habitual, menos calorosa e mais séria.

Thales franziu a testa ao ouvir isso, mas não respondeu à pergunta de Marcelo.

Marcelo esperou alguns segundos, ele riu, recuperando o sorriso de sempre.

Ela se encolheu, enterrando a cabeça no sofá, abraçando-se com força, em uma posição semelhante à de um cachorro dormindo.

Flavia não estava dormindo bem, nem profundamente; no momento em que o sofá afundou, ela acordou sobressaltada.

Olhou para trás em pânico, viu Thales e relaxou um pouco, mas logo em seguida, um olhar de decepção apareceu em seus olhos.

"Por que está dormindo aqui de novo?" - Thales estendeu a mão para tocar a bochecha dela.

Flavia o encarou, ainda mantendo sua posição enrolada.

Seus dedos estavam um pouco frios ao tocar o rosto de Flavia, fazendo-a estremecer.

Thales se inclinou ligeiramente, aproximando-se, um leve cheiro de tabaco emanava dele.

Ele segurou o rosto dela, falando baixinho: "Vá para a cama dormir, sim?"

A voz do homem era extremamente suave, como se estivesse acalmando uma criança.