Minha Esposa Muda romance Capítulo 1720

Marcelo chegou rapidamente; de alguma forma, ele havia conseguido uma motocicleta e, acelerando a toda velocidade, ultrapassou aqueles que estavam em perseguição.

Ele fixou seu olhar na figura à frente, sacou uma arma do casaco e mirou na perna do homem, disparando sem hesitação.

Infelizmente, o tiro foi desviado por um tronco de árvore.

Ele disparou mais algumas vezes, mas não conseguiu acertar, e seus olhos começaram a mostrar sinais de impaciência.

Finalmente, desistiu de atirar, girou o acelerador e rapidamente perseguiu o homem.

Pablo avistou o mar à frente, cada vez mais próximo, e usou todas as suas forças para correr naquela direção.

Porém, suas duas pernas não eram páreo para as duas rodas; em pouco tempo, a motocicleta ultrapassou inúmeros troncos e, com uma manobra, chegou à sua frente, bloqueando sua passagem.

Ele tentou mudar de direção, mas Marcelo sacou a arma e a apontou para ele, “Pare.”

Pablo hesitou, olhou para trás e parou de correr.

Marcelo deu uma risada, “Diga-me, Pablo, por que você está correndo para cá? Se quisesse pular no mar, não seria mais rápido pela cidade?”

Ele refletiu por um momento, “Ou será que há alguém esperando por você à frente?”

Pablo apenas o encarou em silêncio.

Marcelo franziu o cenho, examinando-o de cima a baixo; estava prestes a dizer algo quando o som de um helicóptero surgiu acima deles.

Seu rosto mudou, e ele olhou rapidamente para Pablo.

Como se percebesse algo, de repente ele saltou da moto e rapidamente se aproximou de Pablo, apontando a arma para a têmpora dele.

“Eu pensei que alguém estava ajudando você, mas na verdade estão armando uma emboscada para mim.” Marcelo riu, mas era um riso de raiva.

Ele disse a Pablo, “Suba na moto, quero ver qual é o plano de vocês.”

Pablo permaneceu imóvel, e Marcelo, sem paciência, atirou em seu joelho.

Pablo soltou um grito de dor e caiu descontroladamente.

Marcelo o agarrou pelo braço, arrastou-o para a motocicleta, e ambos seguiram em frente até o fim da floresta.

O fim era ainda o mar, vasto e sem fim, com um penhasco alto logo à frente.

Não havia ninguém esperando ali, apenas o mar e a floresta; ele jogou Pablo no chão e desceu da moto.

Olhou ao redor, além do som distante do helicóptero, não havia mais ninguém à vista.

Provavelmente, o helicóptero pousara em outro local, e alguém estava vindo.

Marcelo virou-se para Pablo, “Pablo, por que não fala?”