Minha Esposa Muda romance Capítulo 1760

Flavia ouviu o canto dos pássaros, mas não conseguia sentir sono. No entanto, mesmo sem vontade, precisava voltar a dormir.

De volta à casa circular, Thales habilmente fechou a porta do quarto e a trancou antes de retornar à cama.

"Por que tanta cautela?" Flavia não compreendia suas ações. O que haveria para se preocupar ali? Será que estava prevenido contra Aureliano?

Thales a abraçou e respondeu: "Não quero que alguém entre sem aviso e nos veja dormindo."

"......"

Qual o sentido disso?

Embora sem entender, Flavia optou por dormir.

Aos poucos, o canto dos pássaros do lado de fora se tornou hipnótico, e Flavia nem percebeu quando adormeceu.

Quando acordou novamente, foi devido ao barulho lá fora.

Já estavam todos levantados e trabalhando. O som das serras elétricas e furadeiras era extremamente irritante. Ela pegou o celular e viu que eram apenas nove horas.

Que situação insuportável.

Ela puxou o cobertor sobre a cabeça, mas o som ainda conseguia penetrar.

"Não consegue dormir?" Thales perguntou.

"Lá fora está muito barulhento. Hoje à noite precisamos dormir cedo, senão não vamos aguentar."

"Concordo." Ele de repente tirou o cobertor e saiu da cama. Flavia levantou-se e o observou, "Aonde você vai?"

"Vou pegar algo."

Flavia o observou com desconfiança enquanto ele saía do quarto, mas em poucos minutos ele retornou.

Ele subiu na cama novamente e entregou algo a Flavia.

Ela olhou para a palma da mão dele, onde repousavam dois tampões de ouvido azuis. Surpresa, ela olhou para Thales, "Você trouxe isso?"

"Suspeitei que algo assim poderia acontecer na ilha, então trouxe alguns. Use-os para dormir, assim não ouvirá o barulho."

Flavia pegou os tampões de ouvido e sorriu para ele, "Você está cada vez mais cuidadoso."

Thales também sorriu.

Com os tampões de ouvido, o mundo de Flavia ficou silencioso. Ela fez um sinal em Língua Gestual para Thales: vamos dormir.

Thales observou seus gestos, por um momento perdido em pensamentos, depois sorriu levemente e assentiu.

Com os tampões de ouvido, Flavia dormiu bem melhor. Quando Aureliano veio bater à porta, ela nem ouviu.

Acordou novamente já passava das três da tarde, desta vez devido à fome.

Ela abriu os olhos e olhou ao redor, percebendo que estava sozinha.

Flavia rapidamente se levantou e saiu do quarto à procura de Thales.

Assim que saiu da cabana, avistou-o sentado em um quiosque conversando com Aureliano.

Ela suspirou de alívio, embora rapidamente se perguntasse por que estava tão aliviada.

Flavia arregalou os olhos. "Você nem me chamou para almoçar."

Thales sorriu. "Vi que você estava dormindo tão bem que não quis te acordar. Está com fome?"

"Sim, estou com muita fome! A essa hora, como não estaria?"

"Então não tem jeito, só tem macarrão instantâneo para você."

Flavia não se importava com o que ia comer; ela estava realmente faminta e não acreditava que tinha perdido o almoço.

Eles costumavam cozinhar juntos, e geralmente não sobrava nada. Mesmo que sobrasse, ela não conseguiria comer só restos.

Thales disse: "Então, sente-se um pouco, eu vou preparar para você."

"Claro, obrigada."

"Obrigada?"

Flavia piscou os olhos. "Não deveria te agradecer?"

Thales hesitou por um momento e disse: "Então coloque um pouco mais de sinceridade, por exemplo, adicione 'meu amor' antes do 'obrigada'."

Flavia ficou surpresa, já que nunca tinha chamado ele assim antes, e de repente se sentiu um pouco envergonhada.

"Está bem, espere um pouco, logo estará pronto."

Flavia assentiu com a cabeça.