Minha Esposa Muda romance Capítulo 1762

"Eu achei que você estava aqui para nos acompanhar," comentou Flavia, lançando um olhar para Thales. "Vamos juntos, então?"

Thales não respondeu nada, simplesmente virou-se e subiu a bordo do barco.

Lucas, sempre prestativo, prontamente ajudou a carregar as malas e subiu atrás deles.

"Quando voltarmos, quero comer direito. A comida aqui é insuportável, tantas pessoas e ninguém que saiba cozinhar, isso é realmente um fracasso."

Flavia compreendia o sentimento dele; assim como ela, que passou dias perdendo as refeições e sobrevivendo com macarrão instantâneo e comida pronta, já estava no limite. Imagine Lucas, que ficou tanto tempo lá.

O trio deixou a ilha e, após várias escalas, finalmente retornou a São Siena.

Assim que desembarcaram, Lucas rapidamente se dirigiu a uma lanchonete do aeroporto para comer uma tigela de macarrão, enquanto Flavia puxou Thales para comerem algo também.

Sentados no carro a caminho de casa, Flavia fez uma ligação para sua residência. Do outro lado da linha, ouviu a voz de Íris, “Senhora, finalmente a senhora ligou! Nos últimos dias tentei contato e não consegui. Achei que algo tivesse acontecido.”

Flavia, percebendo a preocupação na voz de Íris, perguntou, “O que aconteceu?”

“Oh, depois que a senhora saiu, a senhorita ficou bem, mas o pequeno senhor, ele corre para o seu quarto todos os dias. Quando não a encontra, chora desesperadamente. Recentemente, até teve uma febre alta…”

Ao ouvir que Pequeninho estava com febre, Flavia ficou aflita, “E agora, como ele está?”

“Ele está melhor, mas ainda insiste em ir ao seu quarto todos os dias.”

Flavia sentiu-se culpada. Planejara uma viagem de dois ou três dias, mas acabou se prolongando em Vila das Águas Serenas e depois na ilha. Pequeninho, sem dúvida, devia estar sentindo sua falta.

Ela pediu ao motorista para acelerar.

Thales tentou acalmá-la, “Não se preocupe, logo chegaremos.”

Mas Flavia não conseguia se acalmar. Íris mencionou que Pequeninho estava doente, algo inédito. Antes, ele sempre esteve saudável, e ela temia que sua ausência fosse a causa.

Se isso fosse verdade, a culpa a consumiria ainda mais. O fato de que ele adoeceu enquanto ela estava longe a fazia sentir-se uma mãe negligente.

Logo chegaram a Ilha Bela. Flavia correu para dentro de casa o mais rápido que pôde, "Pequeninho, Íris!"

O andar térreo estava vazio, mas logo Íris apareceu, descendo as escadas com Pequeninho nos braços.

Ao ver Flavia, Pequeninho gritou "mamãe!" e começou a se debater no colo de Íris.

Flavia correu para pegá-lo, "Pronto, mamãe voltou."

Pequeninho ergueu o rosto para ela, encarando-a por um longo tempo, como se quisesse confirmar que era realmente ela. Depois de um momento, ao ter certeza, o pequeno finalmente desabou em lágrimas.

Flavia viu que Pequeninho havia parado de chorar e perguntou: "Pequeninho, você quer sair para brincar?"

Pequeninho ainda falava com dificuldade, e o que ele conseguiu dizer com um balbuciar foi que ele achava que a mamãe não o queria mais.

Flavia suspirou, sem saber o que fazer, "Como a mamãe não ia querer você? Olha só, eu voltei, não voltei?"

Após muito esforço, Flavia finalmente conseguiu acalmá-lo, dizendo muitas palavras de conforto, até que o pequeno parou de se sentir tão injustiçado.

Ela tocou a testa de Pequeninho, que não estava quente, e ficou aliviada.

Flavia então voltou-se para Íris, que estava ao lado, e disse: "Íris, agradeço por todo o seu trabalho nesses dias."

Flavia suspirou novamente, "A culpa é minha, eu achava que ele era tão travesso que não choraria."

Antes, quando ela saía por um dia inteiro, o pequeno ficava em casa sem fazer birra, mas parece que desta vez ela realmente se ausentou por muito tempo.