Minha Esposa Muda romance Capítulo 1771

A ilha já tinha uma torre de sinal construída, e a Flavia agora podia se comunicar com o Aureliano e o restante do grupo.

Quando a torre ficou pronta, Aureliano imediatamente ligou para ela, e Flavia pensou que ele tivesse vindo a São Siena.

"Como está? Consegue me ouvir bem? O sinal está bom?"

Flavia confirmou com um "sim", "Estou ouvindo claramente, pensei que você tivesse vindo me visitar."

"Não, só estou testando o sinal. Se não houver problemas, ficará mais fácil nos comunicarmos. Salve meu número."

"Está bem." Flavia então perguntou: "Como estão as coisas por aí? Posso levar o Pequeninho e os outros para brincar?"

"Venham sim, a usina de energia está quase pronta, a estação de tratamento de água já está concluída, e as demais instalações serão completadas gradualmente."

"Ótimo, ótimo, então irei no Ano Novo, tudo bem? Vou levá-los para passarmos o Ano Novo juntos."

"Por que esperar até o Ano Novo? Venham antes. O que vocês estão fazendo em São Siena agora?"

Flavia olhou para o andar de cima, "É final de ano, a empresa está muito ocupada. Thales está saindo cedo e voltando tarde todos os dias, ocupado com assuntos da empresa. Assim que ele terminar, iremos."

"Então está bem."

Eles conversaram mais um pouco, e Aureliano desligou para continuar com seus afazeres.

Flavia continuou a observar Pequeninho e os outros brincarem. Às vezes, quando Íris estava ocupada com as tarefas domésticas e não tinha tempo para olhar as crianças, Flavia cuidava deles.

Thales estava cada vez mais atarefado, provavelmente para que pudessem ir para a ilha no Ano Novo. Às vezes, ele ainda estava no escritório em casa, trabalhando até tarde da noite.

Flavia, preocupada com sua saúde, praticamente todas as noites ia buscá-lo no escritório para que fosse dormir.

Um mês passou rapidamente, e Flavia já havia preparado uma grande quantidade de coisas para o Ano Novo, principalmente itens para as duas crianças. Lá não havia lojas de roupas, nem leite em pó, muito menos produtos para crianças, então precisavam levar tudo com eles.

Por isso, quando estavam prestes a partir, Thales olhou para os sete ou oito grandes e pequenos baús no chão em silêncio.

Ele não pôde deixar de perguntar: "Você está planejando se mudar?"

Na última vez que foram, levaram apenas duas malas. Agora, com dois pequenos a mais, a quantidade de coisas havia triplicado.

Flavia respondeu: "Esses são itens essenciais, precisamos levá-los."

"Mas você pensou em como vamos levá-los? Teremos que mudar de transporte várias vezes no caminho, e ainda estaremos com duas crianças."

Flavia franziu a testa, percebendo a dificuldade, "Então, o que faremos?"

"O Lucas já foi?"

O rosto de Lucas ficou ainda mais constrangido, ele respondeu timidamente, "Não, não ainda, não estabelecemos um relacionamento."

Flavia ficou ainda mais surpresa ao ouvir isso. Ele realmente estava em um relacionamento amoroso, e mesmo que ainda não tivessem oficializado, já existia alguém.

"Quem é? Eu conheço? Por que você não a traz para conhecermos?"

"Não, você não conhece. Conheci através de um encontro arranjado, sabe como é, já estou ficando mais velho, preciso começar a pensar em mim mesmo."

Flavia entendeu. Ele estava em uma idade em que começava a se preocupar com essas coisas.

"Ah, entendi. Não há razão para se sentir envergonhado. Se você quiser ficar aqui para desenvolver esse relacionamento, não precisa voltar."

"Isso não é possível. A senhora e o senhor são mais importantes."

"Ah, senhora, já disse que vocês são mais importantes. Eu vou voltar com vocês."

Flavia o olhou desconfiada, "Sério? Na verdade, não há necessidade disso."