Minha Esposa Muda romance Capítulo 1784

Pequeninho imediatamente gritou de surpresa, lutando nos braços de Aureliano.

Aureliano, ignorando a resistência do menino, virou-se para Flavia e disse: "Estou saindo, viu?"

"Ele parece não querer ir muito... talvez seja melhor deixar pra lá."

Flavia realmente temia o temperamento explosivo de Aureliano; se ele perdesse a paciência e ficasse irritado com Pequeninho, o que aconteceria se ele acabasse fazendo algo ao garoto?

"Veja só, está preocupada, não é? Você ainda não confia no Pablo?"

Aureliano segurou Carla com uma mão e carregou Pequeninho com a outra, saindo do local. Pequeninho choramingava alto, claramente hostil ao seu tio.

Flavia, sem escolha, trocou um olhar com Thales.

Percebendo sua preocupação, Thales a tranquilizou, "Não se preocupe. Ele já é adulto e sabe se controlar. Que tal aproveitarmos este tempo para planejar como construir a casa?"

Thales pegou uma pasta de sua mala, contendo os planos que ele havia encomendado a um arquiteto. Os desenhos estavam bem detalhados, formando um grosso volume.

Flavia se aproximou para dar uma olhada. Não apenas os desenhos eram minuciosos, mas as descrições também eram extensas, praticamente um manual.

A estrutura da casa, a disposição dos cômodos e os materiais a serem usados estavam todos especificados, incluindo as medidas da madeira e onde deveriam ser aplicadas. Seguindo as instruções, qualquer um poderia construir a casa sem necessidade de habilidades técnicas.

Flavia estava ansiosa. Ela folheou os documentos rapidamente e perguntou, "Onde mesmo escolhemos o local da última vez?"

"Na direção sudeste. Vamos dar uma olhada?"

"Sim, vamos!"

Flavia não lembrava do caminho, mas Thales sim. Ele liderou o caminho, e depois de cerca de dez minutos, chegaram ao local escolhido.

Era uma clareira coberta de pequenas flores cor-de-rosa, e a grama mal chegava aos tornozelos.

Não muito longe, havia uma árvore colossal, tão grande que nem Flavia nem Thales conseguiam abraçá-la. Provavelmente, seu tamanho descomunal absorvera todos os nutrientes ao redor, pois não havia outras árvores ao seu redor. A copa da árvore parecia um imenso guarda-chuva.

Parecia bem organizado.

Era isso que ele chamava de educação??

Pequeninho, montado, agitava os braços e as pernas, batendo na cabeça de Aureliano, enquanto seu riso infantil ecoava à distância.

Aureliano, já sem paciência, disse, "Garoto, não bata na cabeça do seu tio!"

Pequeninho respondeu em meio a risadas, falando coisas que só ele entendia.

De repente, Aureliano prendeu Pequeninho nos ombros e, levantando-se, segurou o menino, "Vamos, garoto, o tio vai te levar para voar!"

Flavia, de repente, não pôde deixar de desviar o olhar.