Minha Esposa Muda romance Capítulo 185

Victor ficou tenso por um momento, virando a cabeça para encarar o Luan com um olhar fulminante.

Voltou-se para Flavia com um sorriso constrangido: "Não ligue para o que ele está falando, eu estava apenas passando por perto e resolvi dar uma olhada. Mas vejo que você acordou, então não deve ser nada grave."

Flavia gesticulou: Quanto você pagou?

Victor, um tanto culpado, respondeu: "Não foi muito, não precisa se preocupar."

Observando o modo como ele estava vestido, Flavia notou que ele não parecia ser de uma família comum, e ter aparecido naquela situação certamente indicava que sua identidade não era simples.

Ela decidiu que encontraria uma oportunidade para retribuir mais tarde.

Flavia gesticulou novamente: O que vocês estavam falando sobre o orfanato, o que é?

Victor explicou sorrindo: "É só um orfanato. Meu pai começou uma coisa chamada Associação do Amor, e como ele mesmo não se envolvia diretamente, eu acabei ajudando."

"Mas, visitando esses lugares, eu realmente percebi que essas pessoas são muito necessitadas e precisam de ajuda. Então, agora, sempre que posso, faço trabalho voluntário e ajudo meu pai a cuidar da associação."

Flavia assentiu, entendendo o caso.

Não é de se admirar que ele a tivesse salvado. Se fosse uma pessoa comum, sabendo que era o carro de Thales, provavelmente escolheria não se envolver.

Flavia: Você é incrível.

Luan disse: "Isso não é nada. Victor também começou uma Base de Animais de Rua, onde ele cuida de muitos gatos e cães abandonados."

Victor, envergonhado com os elogios, acenou com a mão: "É o mínimo que posso fazer."

Flavia viu neles um vigor e uma vitalidade que de repente a fez sentir inveja.

Poder fazer algo significativo, algo de que gostasse.

Notando o olhar de desapontamento nos olhos dela, Victor perguntou: "O que foi? Você parece triste. Quando você melhorar, eu posso te levar para ver. Os gatinhos e cachorrinhos são muito fofos."

Flavia assentiu, querendo ir, mas se conteve e balançou a cabeça.

Flavia: Não estou interessada nisso.

Thales dirigiu de volta para a família Duarte. Ao ver o portão da família Duarte, Rosana não parecia feliz.

"Por que você me trouxe aqui?"

Thales a olhou friamente: "Não foi você que quis vir?"

Rosana ficou sem palavras: "Como eu ia saber que você viria para cá..."

"Então, onde você achava que eu iria?"

"Eu pensei que você ia procurar aquela muda, deixa pra lá." Rosana murmurou, abrindo a porta do carro: "Eu volto sozinha."

Rosana não gostava daquele lugar; nas poucas vezes que esteve lá antes, até os olhares dos empregados pareciam julgá-la como se fosse algum tipo de lixo indesejado.

E ela, que não tinha status nem nome, por mais que pudesse agir com arrogância fora dali, lá dentro, tinha que se conter.

Especialmente Dona Duarte, que sempre a olhava de um jeito que não era nem um pouco amigável. Ela estava bem vivendo sua vida fora dali, por que se incomodar em tentar agradar?