Minha Esposa Muda romance Capítulo 197

Claro, Flavia também recebeu uma ligação da cuidadora, que disse não poder continuar com o trabalho.

Flavia não conseguia falar, queria perguntar o que estava acontecendo, mas só podia se desesperar do outro lado da linha.

Afinal, quando ela tinha ido embora na noite anterior, estava tudo bem!

A cuidadora falou por conta própria: "Como eu devolvo o dinheiro para você? Talvez você devesse vir me encontrar amanhã, ah não, melhor agora... eu sinto que a senhora Marisa..."

Flavia apertou o celular com força, confusa e sem saber o que fazer, odiava não poder falar.

Depois que a ligação foi desligada, Flavia imediatamente mandou uma mensagem para a cuidadora, explicando que não podia falar e pedindo que ela detalhasse a situação da idosa.

Após enviar a mensagem, ela olhou para o andar de cima, em conflito por um bom tempo, mas finalmente desistiu de procurá-lo.

Flavia se sentou no sofá, segurando o celular firmemente, esperando a cuidadora responder.

A cuidadora, provavelmente ocupada, não viu a mensagem, então Flavia esperou muito tempo sem receber resposta.

Ela olhou para o relógio na parede, já eram dez da noite.

Talvez pela ansiedade, sua cabeça começou a doer novamente, como se fosse perfurada por agulhas, com um zumbido constante, tontura e o mundo girando.

Ela segurou a cabeça, encolhendo-se no sofá, agarrando-se ao cabelo e cerrando os dentes, suportando a dor.

Ela só precisava aguentar.

Foi o que pensou, abraçando-se mais um pouco.

Os poucos minutos pareceram uma eternidade.

O celular de repente vibrou, Flavia se esforçou para se levantar e pegá-lo, pegando o aparelho que tinha caído no chão.

Com dor de cabeça, ela tremia ao desbloquear o celular.

Era a resposta da cuidadora.

A cuidadora disse: O filho da senhora esteve lá, disse que não havia mais o que fazer, queria levar a mãe embora. O médico sugeriu que ela continuasse o tratamento por mais dois dias.

Ela não bateu, apenas abriu a porta do escritório e entrou.

Thales estava no sofá, com as pernas cruzadas, encostado de forma relaxada, segurando o telefone, ouvindo alguém do outro lado.

Ele levantou os olhos para Flavia, notando sua expressão fraca, e franziu a testa sutilmente.

Depois voltou sua atenção para o celular.

Flavia se aproximou dele, olhando fixamente.

"Tá, entendi." - Thales disse, antes de desligar e finalmente olhar novamente para Flavia.

Flavia o encarava fixamente, levantando a mão em um gesto de pergunta: Por quê?

Thales olhou para os dedos dela, sem dizer nada.

Flavia fez outro gesto: Eu já tinha concordado com você, por que... você ainda não a deixou em paz?