Minha Esposa Muda romance Capítulo 205

Flavia ficou parada, imóvel, ao ouvir as palavras do homem, e de repente compreendeu algo.

Ele não a havia trazido ao hospital por bondade, mas sim para controlá-la melhor.

Se ela optasse pelo tratamento, quem pagaria os altos custos diários de medicamentos?

Somente Thales poderia se dar a esse luxo, e ela não teria escolha a não ser se comportar como um animal de estimação obediente, à disposição dele para ser chamada ou dispensada a qualquer momento.

Se ela optasse por não se tratar, seria o mesmo que ter causado a morte de Marisa com suas próprias mãos.

Onde estava a escolha? Isso era claramente uma ameaça.

Flavia levantou a cabeça lentamente, olhando para o rosto de Thales.

Ele estava calmo e tranquilo como sempre, tudo ainda sob seu controle. Como poderia não estar?

Flavia apertou os dedos, fechou os olhos e assentiu.

Thales estendeu a mão, tocando a bochecha dela: "Tudo bem, se você disser "tratar", vou ajudar".

Parecia tão indulgente.

Flavia abriu os olhos, dando-lhe um leve sorriso.

A luz do corredor era brilhante, e ela sorriu para ele com os olhos vermelhos e inocência, por um momento, parecia que tudo havia voltado ao passado.

Mas seus olhos não tinham mais a mesma paixão de antes.

Thales moveu os dedos para os cantos dos olhos dela, levando as lágrimas que se acumulavam ali, e as enxugou com seus dedos.

Thales falou: "Vou contratar uma cuidadora para ela. Se você quiser visitá-la, lembre-se de me avisar. Eu te levo lá, entendeu?"

Flavia acenou levemente com a cabeça, fazendo um gesto: Entendi.

"Vamos, é hora de voltar." - Thales pegou a mão dela e se virou para sair.

Flavia o seguiu em silêncio, e eles caminharam juntos até o estacionamento.

Assim que se sentaram no carro, o celular dele tocou novamente.

A essa hora, só podia ser a Rosana ligando.

Thales pegou o celular, desligou-o e guardou-o no bolso e, de repente, virou-se para olhar para Flavia.

"Você precisa de um check-up?"

Não havia necessidade, o médico disse que, se não pudesse evitar essas atividades por um mês, seria difícil engravidar novamente.

Depois de tanto esforço, provavelmente não haveria mais chance de engravidar.

Thales a olhou intensamente, como se quisesse ver através dela.

Ele baixou a cabeça, chegando perto do seu nariz, e perguntou: "Você quer ter um filho?"

Eles estavam tão próximos que suas respirações se entrelaçavam, e os dedos de Flavia apertaram involuntariamente, seus lábios quase formando uma linha reta.

Depois de um tempo, ela finalmente balançou a cabeça.

O olhar do homem escureceu um pouco e ele perguntou novamente: "Tem certeza?"

Flavia ainda balançou a cabeça.

No segundo seguinte, ele mordeu os lábios dela, como se quisesse castigá-la, e a dor se espalhou, Flavia sentiu o gosto de sangue.

Depois de ver o sangue, ele soltou Flavia e imediatamente estendeu a mão, limpando o sangue do canto da boca dela.

"Se você não quiser, então tome a medicação."