Minha Esposa Muda romance Capítulo 209

Thales levou-a de volta para a casa da família Duarte.

Ele a deixou na sala de estar e foi direto para o escritório, onde Reinaldo já estava andando de um lado para o outro, impaciente, a ponto de quase furar o chão com seus passos.

Quando a porta do escritório se abriu, ele pegou o cinzeiro da mesa e o jogou na direção da porta.

Thales abaixou a cabeça, evitando facilmente o cinzeiro.

O cinzeiro passou de raspão em sua orelha e se chocou contra a parede, fazendo um barulho alto.

Isso assustou as pessoas no andar de baixo.

Flavia nem teve tempo de se sentar quando ouviu a voz furiosa de Reinaldo ecoando do andar de cima.

"Eu confiei a empresa em suas mãos e é assim que você a administra?"

Por coincidência, Gabriela também estava entrando no salão e ouviu essas palavras. Ela olhou para Flavia instintivamente.

"Thales já chegou?"

Flavia assentiu com a cabeça.

Gabriela franziu a testa, já estava irritada e ver Flavia só aumentou seu desagrado.

Ela queria subir com seu filho, mas pensando em como Reinaldo estava furioso, decidiu não ir.

"E o Marcelo? Ele não veio?"

Ao ouvir esse nome, Flavia estremeceu instintivamente, as imagens de ser humilhada e torturada por ele invadiram sua mente.

Ela não conseguia imaginar o que mais Marcelo poderia fazer se Thales desistisse de procurá-la.

Ver Flavia daquele jeito deixou Gabriela ainda mais desconfiada.

Por que ela reagiria tão fortemente ao ouvir o nome de Marcelo? Se eles não tinham nada em comum, ou se não havia nada entre eles, por que ela reagia dessa forma ao ouvir o nome dele?

Nos últimos dias, Marcelo não tinha voltado para casa e Gabriela já estava suspeitando de tudo. Agora, vendo a reação de Flavia, ela estava ainda mais alerta.

"O que houve, Flavia?" - Gabriela se aproximou e sentou-se ao lado dela: "Marcelo faz dias que não aparece, você sabe onde ele está?"

"Cheguei a pensar que ele tinha algum problema, mas o médico disse que ele simplesmente não quer mais a fórmula."

Gabriela falou como se não notasse o rosto pálido de Flavia, continuando: "Você tem sorte, não precisa ter filhos, assim não tem esses problemas."

"Desde que ele nasceu, envelheci vários anos. Olhe para mim, já tenho rugas?"

Ao ouvir isso, Flavia lentamente desviou o olhar de Gabriela.

Gabriela estava sorrindo radiante, mas o desdém e a provocação em seus olhos eram evidentes.

Ela não tinha rugas, apenas um rosto cheio de desprezo.

"O que foi, Flavia? Você está me olhando assim, não gosta de crianças? Ah, é verdade, é difícil criar uma criança, meu irmão também não gosta delas."

Flavia apertava os punhos com força, fixando seu olhar na cara de Gabriela, que sorria de forma venenosa, fazendo Flavia sentir um frio na espinha.

Gabriela, então, deliberadamente estendeu o tom de voz e perguntou: "Flavia, você ainda pode ter filhos?"