Minha Esposa Muda romance Capítulo 269

"Você está me perguntando?" - Thales tinha uma expressão horrível no rosto, como se estivesse prestes a cometer um homicídio.

Foi então que Lucas olhou para Marcelo. Sem prestar atenção antes, mas ao olhar, viu que ele estava abraçado com Flavia, e isso o perturbou profundamente.

Como assim... O que aconteceu em apenas dois dias?

A senhora Flavia já havia se apaixonado por outro tão rapidamente? Nem a Síndrome de Estocolmo ocorre tão rapidamente assim.

Thales olhou novamente para Flavia, e o olhar que deu a ela era de uma frieza e desapego como nunca antes visto.

No fim, ele entrou no carro e, antes de ir embora, disse a Lucas: "Está nas suas mãos."

Após dizer isso, Thales dirigiu para longe, sem olhar para trás para Flavia.

Marcelo zombou: "Veja, ele nunca vai te escolher."

Flavia o empurrou e deu um passo para trás.

Ela sabia, já sabia disso, então as palavras de Marcelo foram apenas mais uma punhalada em seu coração já cheio de cicatrizes.

Já não doía mais.

Lucas ficou em um dilema, o que ele deveria fazer?

Matar os dois?

Mas se fosse para realmente matá-los, o presidente Duarte teria feito isso com suas próprias mãos, não seria a vez dele.

Lucas, pensando bem, decidiu que deveria primeiro tratar os ferimentos de Marcelo e depois levar os dois de volta para a base da montanha.

Marcelo estava sentado no quintal, e Lucas chamou alguém para tratar seu ferimento, que era profundo, além de não ser algo que se curaria rapidamente.

Flavia, quietamente sentada ao lado, lembrava-se da decisão determinada de Thales, sentindo uma dor aguda em sua mente novamente.

Ela havia sido tola em suas esperanças e ganância.

Se ela tivesse apenas obedecido e ficado naquela mansão, como um bom animal de estimação, Thales teria sido bom para ela.

Mas ela tinha que desafiá-lo, forçando-o a fazer essa escolha.

Parecia que ela realmente foi tola.

Mas ela estava prestes a morrer, não poderia sequer ter ilusões...

Marcelo olhou para o portão da fazenda, as montanhas ao longe eram altas.

"Por que o seu presidente Duarte se incomoda com isso desta vez?"

Lucas forçou um sorriso, para ser honesto, ele também não entendia.

O caminho de volta era longo, passar pelaquela floresta levaria meio dia, mas se fossem pela estrada principal, teriam que dar uma volta ainda maior.

Se Thales não fosse agora, não chegaria a tempo.

Ele ainda escolheu voltar para a Assembleia Geral de Acionistas.

Mas quando Thales parou o carro ao pé da montanha, ele encostou à beira da estrada e acendeu um cigarro.

A fumaça espiralava para fora da janela do carro, dissipada pelo vento da montanha, desaparecendo sem deixar vestígios.

Seu rosto estava coberto por uma melancolia que não podia ser dissipada, olhando através do para-brisa para um lugar ainda mais distante.

Mas o lugar mais distante era apenas a montanha, uma estrada que só permitia a passagem de um carro, e após uma curva, nada mais podia ser visto.

Flavia estava deitada na cama, quando acordou, já era noite.