Minha Esposa Muda romance Capítulo 273

"Pluft!"

Flavia foi arrastada para fora da água, respirando com dificuldade, engasgando e cuspindo água a cada respiração.

Enquanto recuperou a consciência, Flavia encontrou-se deitada no chão, tentando abrir os olhos, mas ainda sem conseguir enxergar nada.

Tudo estava envolto em escuridão.

Alguém pressionava seu peito, e a água salgada e pungente fluía incontrolavelmente de sua boca.

Não se sabia quanto tempo passou antes que um ar acumulado em seu peito finalmente encontrasse seu caminho para fora.

"Cof——"

Flavia virou a cabeça, expelindo uma grande quantidade de água, enquanto o ar frio lutava para entrar em suas vias respiratórias, permitindo-lhe finalmente respirar com mais facilidade.

"Flavia, você está louca?"

"Quem te deu permissão para pular?"

"Se você queria morrer, por que não veio diretamente me dizer? Eu deveria ter acabado com você esta manhã!"

A voz do homem rugia acima de sua cabeça, uma fúria que Flavia nunca havia presenciado antes.

Meio consciente, Flavia tentou discernir o rosto da pessoa acima dela, mas tudo o que podia ver era a escuridão.

Ela só podia sentir gotas de água caindo em seu rosto, algumas entrando em seus olhos e misturando-se às suas lágrimas.

Flavia lentamente levantou a mão, guiando-se pelo tato, tentando tocar o rosto do homem.

"Tha... Tha..."

Ela forçou as sílabas para fora de sua garganta, lutando para falar, incapaz de completar o nome, apenas conseguindo dizer essa sílaba.

O homem claramente ficou âtonico.

"O que você disse?"

Flavia abriu a boca, o ar circulando em sua garganta, incapaz de formar palavras coerentes com seus lábios e língua.

Depois de muito esforço, ela conseguiu expressar um nome.

"Thales."

"……"

Olhando para os quartos vazios, ele não pôde evitar recuar.

Marcelo... havia fugido!

Mas agora Lucas não tinha tempo para se preocupar com Marcelo, ele precisava encontrar Thales.

No caminho para a montanha, ele já havia observado que cerca de oitenta por cento dos cânions entre essas montanhas estavam cheios de água, parecendo uma serpente branca serpenteando entre as imponentes montanhas.

Era um bom lugar.

Talvez eles não morressem apesar de pularem.

A noite foi excepcionalmente longa, e Flavia acordou várias vezes devido ao frio.

No meio do inverno, não apenas estar completamente encharcado era terrível, mas até mesmo ficar no vale com um casaco de penas por menos de meia hora poderia resultar em um resfriado.

Flavia passou a maior parte da noite em um estado confuso, mas na segunda metade da noite, finalmente começou a sentir um pouco de calor.

Ela mal conseguiu abrir os olhos, e o que viu foi o peito de um homem.

Flavia ficou atônita por um momento, lentamente levantou a cabeça, seguindo o peito do homem até seu queixo, seus lábios firmemente fechados, e a luz do fogo dançando em seu rosto.