Minha Esposa Muda romance Capítulo 295

Rosana apertou a mão na bolsa com mais força, dizer que não queria partir seria mentira, mas a imagem fria de Thales que lhe veio à mente fez com que ela abandonasse a ideia de ir embora.

Ainda assim, ela não conseguia se desapegar.

O amor, realmente é algo terrível.

Com um sorriso amargo, Rosana percebeu que, de fato, havia caído nas mãos dele para o resto da vida.

Thales saiu do condomínio e foi direto para casa, mas não voltou para Ilha Bela, e sim para a vila no meio da colina.

Normalmente, essa vila estava quase desabitada, exceto pelo caseiro.

Mas hoje, havia várias pessoas vigiando o local.

O segurança no portão reconheceu seu carro e prontamente abriu a porta do veículo, observando enquanto o carro se afastava.

Em seguida, fechou novamente o portão de ferro.

Thales dirigiu até uma das vilas, estacionou o carro e Otávio correu para abrir a porta para ele.

"Presidente Duarte."

"A pessoa?"

"Está lá dentro." - Otávio se apressou em abrir o caminho, não diretamente para dentro da casa, mas ao redor dela até chegar ao quintal.

O quintal era o lugar onde os animais de estimação eram mantidos. À noite, eles eram soltos em um cercado para circular livremente e eram recolhidos durante o dia.

E era lá que Marcelo estava.

Otávio pretendia assustá-lo, jogando-o lá dentro e colocando uma gaiola, para que os animais o assustassem e ele mesmo acabasse na gaiola.

Era um método muito humilhante.

Mas quando chegaram ao quintal, não encontraram Marcelo encolhido numa jaula, tremendo de medo, ao contrário, vários cães de caça estavam encolhidos em um canto, servindo de apoio para Marcelo.

Neste frio, ter alguns cães como almofada, realmente trazia mais calor.

Com as mãos sob a cabeça, Marcelo estava ou descansando os olhos ou dormindo.

Ao ver essa cena, a expressão de Otávio mudou e ele olhou instintivamente para Thales ao seu lado.

Thales não entrou em uma guerra de palavras com ele, ele se agachou na frente de Marcelo com um sorriso no canto da boca: "Há muitas maneiras de torturá-lo, não é apenas matá-lo."

"Sim, então como o Thales planeja me torturar?"

"Eu preciso pensar bem sobre isso." - Thales disse, com um tom casual: "Que tal começar com uma castração física?"

O sorriso nos lábios de Marcelo congelou, mas logo voltou a sorrir, mostrando os dentes: "Que cruel, né?"

"Parece que você gostou, então... Otávio!"

Ao ouvir o chamado, Otávio apressou-se em se aproximar: "Presidente Duarte."

Thales olhou de lado: "Parece que o Sr. Marcelo está com dificuldades para se mover, talvez você possa ajudá-lo."

Ouvindo isso, Otávio sentiu uma dor sutil em algum lugar, mas, contendo o desconforto, acenou com a cabeça em concordância: "Sim."

"Espere." - De repente, Marcelo falou, e o sorriso em seu rosto finalmente mostrou algumas fissuras: "Presidente Duarte, o senhor por acaso não quer saber por que me entreguei tão facilmente?"

Thales se levantou, desinteressadamente alisando as mangas de seu casaco como se tirasse vincos inexistentes: "Inicialmente, eu estava curioso, mas agora, acho que não é mais necessário."