Minha Esposa Muda romance Capítulo 346

Além disso, o divórcio foi decisão dele próprio, ela apenas o ajudou, seguindo a corrente.

"Dona Duarte, o divórcio foi uma decisão sua. Se você realmente ainda gosta dessa muda, por que decidiu se divorciar?" - Dona Duarte pressionou de maneira incisiva.

Thales piscou, encarando Dona Duarte por um longo tempo antes de olhar para o acordo de divórcio nas mãos de Flavia.

O sangue no papel estava quase seco, marcado e dolorosamente óbvio.

Ele agarrou a mão de Flavia, puxando-a para fora da mansão.

Dona Duarte observou a silhueta dos dois, seu rosto se tornou sombrio e, com os dentes cerrados, ela perguntou: "Ele quer mesmo se divorciar da muda?"

Nilda, trêmula, respondeu: "O senhor assinou, acho que ele realmente quer o divórcio".

Dona Duarte suspirou profundamente, com uma expressão sombria: "Então vou ficar olhando. Se ele não se divorciar da muda, não me importo de ser a vilã até o fim!"

Flavia foi carregada até o carro, onde não conseguiu mais se sustentar e caiu sentada no chão.

O chão ainda estava molhado da chuva, com várias poças, e ela caiu em uma delas.

A água fria se infiltrou pelo tecido, penetrando em sua pele sem piedade.

Thales olhou para trás, seu rosto mostrando uma complexidade de emoções.

Ela ainda segurava firmemente o acordo de divórcio e, quando ele olhou para trás, Flavia, tremendo, lhe entregou o documento.

Flavia o olhava, mesmo quando negociava com ele momentos antes, seus olhos ainda brilhavam com determinação e luz. Mas naquele momento...

Seu olhar para Thales estava cheio de desolação e desespero.

Thales permaneceu em silêncio por um longo tempo antes de estender a mão para pegar o acordo de divórcio, levantando a mão como se fosse rasgá-lo.

Flavia imediatamente passou os braços em volta das pernas dele, suplicando: "Não...".

Ele se encolheu com o gesto.

Flavia, desorientada, olhou para cima, com lágrimas escorrendo inesperadamente de seus olhos, e lhe implorou.

"Você assinou isso voluntariamente?"

Flavia fechou os olhos, acenando vigorosamente com a cabeça.

Ela pediu que ele a poupasse.

Ela realmente pediu para ser poupada!

Seus olhos brilhavam com uma luz indecisa, lutando consigo mesmo até que ele finalmente fechou os olhos e desviou o olhar dela, tirando-a do chão.

"Vamos para casa."

Ao ouvir as palavras 'voltar para casa', um sorriso amargo surgiu nos lábios de Flavia.

Ela tinha uma casa?

De onde ela teria uma casa...

Há poucos dias, o lugar que ele chamava de lar também havia sido invadido por Rosana.

Flavia afrouxou o aperto de mão e deu um passo para trás.

Thales a observou se afastar, com sua expressão cada vez mais incontrolável, como se algo estivesse prestes a explodir.