Minha Esposa Muda romance Capítulo 37

"Eu vou embora."

Thales deixou essa frase para trás e virou-se para ir embora, enquanto Rosana ficou tão irritada que quase pulou, "Thales!"

Infelizmente, o homem nem sequer olhou para trás.

Rosana estava furiosa, ela acabara de voltar do hospital, e esse homem repugnante nem sequer pensou em confortá-la.

Thales dirigiu até o restaurante, mas quando chegou lá, o restaurante já estava fechado, completamente escuro por dentro.

Ele sentou-se no carro, olhando fixamente para o restaurante escuro, ficou em silêncio por um momento e então pegou o celular para ligar para Flavia.

Mas o telefone mostrava que estava desligado.

Ele, frustrado, tirou um cigarro para acender, deu algumas tragadas e então jogou o cigarro fora, segurando o volante para virar e voltar para a mansão.

Na mansão, também não encontrou, a cama estava arrumada, o que provava que Flavia não havia voltado.

Foi então que Thales se lembrou de que tinha bloqueado o cartão de Flavia, ela provavelmente nem tinha dinheiro para pegar um táxi, como poderia voltar?

Pensando nisso, ele imediatamente ligou para Lucas, enquanto saía para fora.

Do outro lado, Flavia estava levando Marisa de volta para casa, que mal poderia ser chamada de casa, era apenas uma cabana montada sobre o esqueleto de um carro velho perto de um lixão.

Segundo Marisa, esse esqueleto de carro foi um presente do dono do lixão, que a viu em situação de miséria e ajudou-a a construir a cabana.

Flavia ficou emocionada, ela colocou as coisas que tinha comprado em uma loja dentro da cabana, e ao entrar, sentiu um cheiro indescritível.

Marisa acendeu a luz solar pendurada acima, e Flavia finalmente pôde ver o quão sujos estavam os cobertores no chão.

Ela abriu a boca, olhando complexamente para Marisa, com uma expressão de compaixão nos olhos.

Flavia se lembrou de quando era pequena, Marisa a ensinando a escrever, a dobrar papel, contando histórias para fazê-la dormir, todos esses momentos de carinho, e seus olhos se encheram de lágrimas.

A Marisa em sua memória não deveria estar assim.

E sendo tão tarde, ela também não ousava sair para pegar um táxi.

Mesmo que voltasse, seria para uma casa fria e vazia, ela preferia dormir ali.

"Que menina tola," Marisa suspirou no escuro.

Flavia fechou os olhos, e apesar do cheiro desagradável da cama, ela adormeceu.

Na manhã seguinte, ela acordou com frio.

Ao abrir os olhos, Flavia virou-se e viu a luz do amanhecer derramando-se no céu, um alvorecer misterioso cobria o lugar com um tom dourado.

Marisa já estava acordada, sentada em uma pedra do lado de fora, fervendo água para fazer algo.

Flavia caminhou até lá, agachou-se ao lado de Marisa e só então viu que ela estava cozinhando ovos, que havia comprado na noite anterior.

"Acordou? Espere um pouco, os ovos estarão prontos em breve."