Minha Esposa Muda romance Capítulo 399

O presidente Martins fez uma pausa em seus passos, virando-se para olhar para trás.

Alguns segundos depois, o presidente Martins disse em um tom severo: "Que pena, nesta vida você só pode ser meu filho".

Dito isso, ele não deu mais atenção a Victor, entrou em seu carro e partiu, deixando-o para trás.

Victor ficou de cabeça baixa, olhando para o chão, sem dizer uma palavra por um longo tempo.

Flavia segurou seu braço, olhando para ele com preocupação.

Depois de um longo tempo, Victor finalmente levantou a cabeça lentamente para olhar para Flavia; na luz fraca, o rosto dele parecia excepcionalmente pálido.

Parecia que, em apenas alguns minutos, ele havia se desgastado completamente.

Seus olhos brilhavam com uma luz de dor, e havia um vislumbre de desamparo neles. Ele apenas olhou para Flavia, abrindo a boca sem conseguir dizer uma palavra.

A mão de Flavia apertou mais forte o braço dele, como se estivesse tentando confortá-lo.

Victor fechou os olhos, respirou fundo e, soltando a mão de Flavia, disse em uma voz rouca: "Estou bem".

Sua voz soou especialmente rouca e nasalada, como se ele estivesse segurando as lágrimas.

Victor deu um passo em direção às gaiolas, mas hesitou antes de se aproximar delas.

Flavia ficou ao lado dele, reunindo coragem para se aproximar das gaiolas. Quando se aproximou, viu que os cães que estavam lá dentro estavam todos desarrumados.

Parecia que estavam dormindo. Flavia estendeu um dedo, tocando a cabeça de um Golden Retriever, que estava fria e rígida, sem resposta.

Seus olhos brilharam, lembrando-se da última vez que esteve tão perto da morte, quando Rafael faleceu.

Quando Rafael morreu, também parecia que estava dormindo, não muito diferente de como costumava tomar sol no quintal.

A única diferença é que, depois de fechar os olhos, ele nunca mais os abriu.

"De um a mil, isso seria impressionante."

Victor continuou, com um sorriso amargo: "Eu me lembro de todos os nomes deles, consigo distinguir cada um deles."

"Eles certamente não esperavam morrer por minha causa."

"Eles devem ter se sentido tão desesperados, esperando que eu os salvasse. Por que eu não fui mais rápido…”

"Se eu fosse mais rápido, eles não teriam morrido.”

Quanto mais Victor falava, mais ele começava a desmoronar, curvando-se cada vez mais, segurando-se nas barras de ferro, quase se ajoelhando no chão.

Flavia permaneceu em silêncio ao lado dele, sentindo-se igualmente pesada.

Ela hesitou, depois estendeu a mão e colocou-a nas costas dele, batendo de leve, como se quisesse acalmá-lo.