Minha Esposa Muda romance Capítulo 431

Thales fumava, com o olhar perdido através do para-brisa, observava a calçada coberta de folhas, sem dizer uma palavra por muito tempo.

Rosana esperou até que ele terminasse o cigarro em suas mãos para finalmente ouvir Thales dizer: "Ainda quer ir para o hospital?"

Rosana hesitou por um momento, olhando para o ferimento em sua mão; o sangue não estava mais escorrendo tanto, mas o ferimento ainda era chocante.

Ela disse em voz baixa: "Claro. Fui mordida assim, pelo menos preciso tomar a vacina contra a raiva".

Ao ouvir isso, Thales lhe lançou um olhar cheio de significado.

Rosana fez uma careta, sem medo algum.

Ela sabia até onde poderia testar a paciência de Thales, e essa era sua maior astúcia.

Dizem que se uma mulher não se faz de difícil, o homem não se apaixona, especialmente homens como Thales, que já conheceram mulheres de diversas personalidades.

Um pouco de drama desperta mais interesse neles, desde que se saiba dosar, os homens não se cansam tão rápido.

Thales jogou a ponta do cigarro pela janela e ligou o carro novamente, levando Rosana ao hospital.

E Rosana realmente precisava tomar a vacina contra a raiva, recebendo um olhar estranho do médico.

"Isso não parece mordida de animal" - disse o médico.

Rosana respondeu: "Isso faz alguma diferença? Uma pessoa com raiva não pode morder outra pessoa e transmitir a doença?"

"Bem... existe essa possibilidade, mas é pequena" - continuou o médico: "Mas se a senhora insistir, podemos administrar a vacina".

"Melhor vacinar, assim fico tranquila!"

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Após a saída deles, Flavia começou a arrumar a bagunça que o cachorro havia feito pela casa, limpando até as fezes e urina na entrada.

Ela também recolheu a certidão de divórcio do chão, colando-a com cola. Sentada no sofá, acariciava a certidão de divórcio cheia de fissuras.

Flavia fechou a certidão de divórcio e a colocou sobre a mesa.

Era como se seu coração também pulsasse de dor.

Mas agora isso não importava, eles estavam divorciados... Ela não significava nada para ele.

Não importava se ela era humana ou um cachorro.

Se eles diziam que ela era alguma coisa, então que fosse.

Depois da vacina, Otávio finalmente disse: "Está bem, senhora. A senhora vai levar os cães para serem vacinados? Mas esses dois já foram vacinados, não precisam de mais nada".

Flavia não disse nada.

Otávio não esperava uma resposta dela e saiu com o médico.

Não muito tempo depois deles terem ido embora, Flavia saiu com os cachorros.

Fechando a porta, ela caminhou pela calçada, sem saber para onde ir, ou onde poderia ir.