Minha Esposa Muda romance Capítulo 437

Sua voz era muito gentil, como se estivesse encantando, sussurrando ao pé do ouvido dela.

Flavia piscou os olhos, apertando inconscientemente os dedos.

Depois que Marcelo terminou de falar, ele a olhou seriamente: "Você entendeu?".

Flavia assentiu com a cabeça, atônita.

Era algo a ser observado, caso contrário, ela sairia como na noite anterior e seria humilhada como ontem.

"Isso é bom." - Quando os dedos dele tocaram o rosto de Flavia, foi então que ela percebeu que a distância entre eles havia ultrapassado o que seria normal em um relacionamento.

Ela rapidamente deu dois passos para trás, aumentando a distância entre ela e Marcelo.

Marcelo estreitou os olhos, soltando uma leve risada: "Que adorável."

Essas palavras fizeram Flavia estremecer, começando a se perguntar se algo havia acontecido entre ela e Marcelo para torná-los tão íntimos.

Marcelo rapidamente agarrou seu pulso, puxando-a para si.

Flavia, surpresa, já estava nos braços de Marcelo antes que pudesse reagir.

Ele se inclinou para baixo, levantando-a, e Flavia congelou, depois começou a se debater freneticamente.

"Não se mexa, se você cair eu não serei responsável".

Flavia, por instinto, ficou imóvel, mas seu corpo estava tenso, rígido como pedra.

Então, Marcelo a colocou no sofá, ajoelhando-se à sua frente, levantando a perna dela.

Por causa da chuva, sua calça e a bandagem por baixo estavam molhadas, e o sangue havia manchado o curativo, formando um padrão suave, como se estivesse impresso na gaze.

Flavia, tensa, não sabia o que fazer, nem o que ele pretendia.

Marcelo começou a desenrolar o curativo de sua perna, retirando-o camada por camada.

À medida que a gaze era removida, a ferida em sua perna era revelada, coberta por uma noite, sua pele estava pálida e enrugada, mas por baixo estava roxa escura.

Dentro da ferida, o que deveria ter cicatrizado havia se tornado uma massa viscosa de tecido cicatrizado e medicamento diluído, grudando na gaze e causando uma dor aguda quando puxada.

Marcelo não se importou, simplesmente jogou os itens sobre ela, observando-a por um momento antes de se levantar para sair.

Flavia observou sua partida, soltando um suspiro de alívio.

Ela rapidamente abriu o caderno, anotando tudo o que conseguia lembrar dos últimos dias, garantindo que na próxima vez que esquecesse, conseguiria se lembrar.

A sala estava silenciosa, até mesmo o som de sua escrita era claramente audível.

Enquanto Flavia se concentrava em escrever, não percebeu que alguém havia aparecido na porta.

Quando percebeu, não sabia há quanto tempo a pessoa estava ali.

Flavia olhou para a pessoa na porta, que também a estava observando.

Ela segurou seu caderno, fechando-o instintivamente e escondendo-o atrás de si.

Thales observou cada movimento dela, permanecendo parado por um bom tempo antes de finalmente caminhar em direção a Flavia.