Minha Esposa Muda romance Capítulo 443

Thales a carregou nos braços escada abaixo até o restaurante, sem soltá-la nem por um momento.

Flavia sentiu seu rosto subitamente aquecer; ela não era mais uma criança, mas ele ainda a segurava assim enquanto comiam, e ela não estava acostumada.

Ela se esforçou para se abaixar, mas Thales não deixou, segurando-a firmemente pela cintura para impedi-la de se mover.

"Você não comeu nada também?" - Thales virou a cabeça para olhar para ela, percebendo que seu rosto estava vermelho até a base do pescoço.

Ela, com o rosto ainda vermelho, balançou a cabeça negativamente, apontando para a tigela vazia, indicando que havia comido.

"Você comeu muito pouco."

Depois de dizer isso, ele pegou uma colher, encheu-a de mingau e levou-a à boca dela.

Flavia resistiu um pouco, mas ainda assim engoliu a vergonha e abriu a boca, engolindo o mingau.

De repente, ela ficou estranha.

Um estranho ao ponto de Flavia quase não o reconhecer, deixando-a um tanto quanto perdida.

"Come mais um pouco."

Flavia, fazendo um esforço, comeu outra colherada.

Parecia por um instante que haviam voltado à infância, quando ela também se sentava em seu colo e ele a alimentava dessa maneira.

Gabriela os viu e riu do fato por muito tempo; desde então, Flavia nunca mais permitiu que Thales a alimentasse.

Pensando nisso agora, esse comportamento não parecia ser de amantes, mas sim de quem estava cuidando de uma criança.

Como ela poderia se esquecer? Aos olhos dele, ela não passava de uma criança que ainda não havia crescido.

Ela era sua irmã.

Com esse pensamento, a expressão de Flavia se entristeceu.

Quando Thales tentou alimentá-la novamente, ela se recusou a comer, lutando para descer.

Ele, no entanto, não a dificultou, e ao ver que ela se debatia, a colocou no chão.

Flavia voltou para o seu lugar, com a cabeça baixa, sentindo uma acidez no nariz.

Thales a observou por um momento, depois olhou para o mingau em sua mão, jogou a colher de volta e ajustou sua gravata.

Na mesa, um silêncio desconfortável se espalhou.

Lucas não deu muitas explicações, apenas continuou: "Elas serão responsáveis por cuidar de você a partir de agora. Qualquer coisa que você precisar, basta dizer a elas".

Após suas palavras, ele se dirigiu aos dois, dizendo: "Vocês devem cuidar muito bem da senhora. Se algo der errado, eu as responsabilizarei por isso".

"Sim, sim, cuidaremos da senhora com todo o carinho."

Lucas, satisfeito com a resposta, acenou com a cabeça: "Então, eu vou indo."

Ele veio rápido e partiu rapidamente, deixando apenas as duas mulheres como prova de sua presença.

Depois de entrar, ambas procuravam algo para fazer, tentando se fazer úteis, mas a vila estava impecável, sem nada para arrumar.

Depois de andar pela casa, as duas se olharam, compartilhando um sentimento de impotência.

Lídia se aproximou de Flavia, perguntando respeitosamente: "Senhora, há algo que possamos fazer pela senhora?"

Flavia olhou para Lídia. Ela estava acostumada a ficar sozinha em casa; a presença repentina dessas duas pessoas a deixou um pouco desconfortável.

Ela olhou ao redor e balançou a cabeça, indicando que não havia nada que precisassem fazer.

"Então, se a senhora precisar de algo, é só nos chamar."