Minha Esposa Muda romance Capítulo 447

A insinuação era clara: se ele não fizesse as pazes logo, ela iria para Ilha Bela para criar problemas.

O olhar de Thales foi escurecendo diante do olhar de advertência de Dona Duarte, e o clima ficou tenso.

De forma compreensiva, Olívia disse: "Hoje já está muito tarde, que tal eu vir outro dia?".

Mas Dona Duarte não permitiu, fingindo estar irritada, olhou para Olívia: "Não é necessário, você vai ficar e jantar aqui. Eu fiz questão de convidá-la para jantar. Se você for embora, o que outros vão dizer de mim?".

Olívia olhou desconfortavelmente para Thales, que não disse nada.

Dona Duarte declarou: "Escute o que estou dizendo, você fique jantando aqui, e o Thales também."

Ela nem se deu ao trabalho de perguntar a opinião de Thales, decidindo por ele.

Olívia lançou um olhar para Thales.

Embora ele não falasse, sua expressão inexpressiva significava que o jantar não seria nada agradável.

Como ela havia previsto, durante o jantar, Thales nem sequer olhou para ela e, com exceção de algumas palavras ocasionais de Dona Duarte, tanto Thales quanto Reinaldo ignoraram sua presença, fazendo com que ela se sentisse extremamente desconfortável.

Ela mal conseguia expressar o quanto se sentiu sufocada naquele jantar.

Thales mal tocou em seus talheres, deixou-os cair, levantou-se e disse: "Já terminei, estou indo embora."

"Thales, você está indo embora assim, sem mais nem menos?" - Dona Duarte chamou apressadamente.

Sem olhar para trás, Thales pegou seu sobretudo das mãos do empregado, e sua voz ecoou da porta: "Bom apetite a vocês."

Dona Duarte o observou fixamente, alternando o rosto, e então olhou furiosamente para Reinaldo.

Reinaldo fingiu não perceber e continuou a comer tranquilamente, como se nada tivesse acontecido.

Desde sua aposentadoria, Reinaldo passava os dias em casa, às vezes escrevendo, às vezes cuidando dos pássaros, vivendo tranquilamente. Ele não se envolvia mais nos assuntos da casa, grandes ou pequenos, como se nem existisse.

Antes, ainda falava de Thales, mas agora, pai e filho se comportavam como estranhos, nenhum dirigindo a palavra ao outro.

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Quando Thales chegou em casa, seu olhar percorreu o lugar familiar — o sofá.

O jantar havia sido preparado por Viviana, e as duas criadas, escolhidas a dedo por Lucas, eram excelentes cozinheiras.

Além de serem habilidosas na cozinha, elas também entendiam a linguagem de sinais de Flavia.

Ao sentar-se à mesa, Flavia encontrou Thales sentado ao seu lado, em vez de em frente a ela, como de costume.

Ele começou a servir Flavia com entusiasmo.

Ela o olhou surpresa, percebendo algo estranho, mas não conseguia identificar o quê.

"Por que está me olhando? Coma."

Flavia apertou os lábios, virou-se e começou a comer silenciosamente.

Após a refeição, Thales a levou ao banheiro para se lavar. Flavia sentiu seu rosto esquentar, mas permaneceu quieta no banco.

O médico havia lhe dito que ela não poderia molhar a perna, mas fazia tempo que ela não lavava o cabelo ou tomava banho, e ela se sentia muito desconfortável.

Portanto, depois de lavar o cabelo, ela só podia usar uma toalha para limpar o corpo, evitando o ferimento na canela.