Minha Esposa Muda romance Capítulo 475

Flavia apertou os lábios, seus olhos percorreram o rosto dele diversas vezes antes de finalmente abaixar a cabeça, evitando olhá-lo.

Thales tentou tocá-la novamente, mas ela desviou o corpo, rejeitando sua mão.

O ar ficou subitamente quieto.

O corredor estava mortalmente silencioso.

Ele respirou fundo e chamou-a baixinho: "Vivi."

Flavia ficou ligeiramente surpresa, lentamente levantou o olhar para ele, encarando aquele rosto ao mesmo tempo estranho e familiar.

O homem perguntou novamente: "Você sabe quem eu sou?"

Flavia piscou os olhos, balançando a cabeça em sinal de negação.

Em seguida, levantou-se apressadamente e correu para o quarto, procurando seu celular no criado-mudo.

Ela o pegou, percorreu os contatos até encontrar o número de Thales e ligou para ele.

Assim que a ligação foi estabelecida, o som do toque do celular veio de trás dela.

Flavia se virou mecanicamente para olhar, vendo o homem parado atrás dela, com o toque emanando de seu peito.

Coincidência, isso foi uma coincidência...

Ela desconectou a chamada, e o som do toque também cessou.

As mãos de Flavia, que seguravam o celular, começaram a tremer. Ela estava pálida quando discou o número novamente.

Quase ao mesmo tempo, o celular em seu peito tocou.

Flavia olhou para ele, atônita, enquanto ele tirava o celular do peito, mostrando-lhe a tela.

A chamada exibia — Vivi.

Flavia sentou-se sem forças na cama, encarando esse Thales desconhecido, com um olhar igualmente estranho.

Depois de um momento, Flavia gesticulou: Por que você pegou o celular dele?

A expressão de Thales mudava constantemente, ele fixou o olhar em Flavia por um longo tempo antes de finalmente falar: "Eu sou ele."

Flavia não acreditou, ela abriu o WhatsApp de Thales e fez uma chamada de vídeo para ele.

O celular dele tocou novamente.

O coração de Flavia afundou rapidamente, ela encerrou a chamada de vídeo e jogou o celular para longe.

Ela não podia acreditar que essa pessoa era Thales.

Ele não parecia assim...

Thales se aproximou dela, sentou-se ao seu lado, Flavia se moveu para o lado, aumentando a distância entre eles.

Naquele momento, Thales estava envolto em uma aura gelada, como se alguém pudesse congelar se chegasse muito perto dele.

E Flavia não entendia nada do que eles diziam.

Ela só queria saber onde estava o verdadeiro Thales; esse impostor parecia tão assustador.

Ao perceber a expressão dela, Thales riu ironicamente.

"Então, o que está esperando?"

O Dr. Soares voltou a si e concordou apressadamente, voltando-se para Flavia: "Senhorita Lopes, vamos para o hospital?"

Flavia balançou a cabeça, gesticulando: Eu não estou doente, eu quero ir embora daqui.

"Para onde você quer ir?" - Thales perguntou.

Flavia: Eu vou, voltar para casa.

"Casa? Qual casa?"

Flavia ficou paralisada novamente, com as palavras dele lembrando-a de que ela não tinha um lar.

A família Duarte não era seu lar.

Mas onde quer que Thales estivesse, esse era seu lar.