Minha Esposa Muda romance Capítulo 556

Paulo riu às gargalhadas com os elogios.

"Ah, não me elogie tanto, eu sou do tipo que fica empolgado fácil quando é elogiado."

"Eu também dei uma olhada na proposta de licitação que o Sr. Neves entregou, e o planejamento está realmente bom. A ideia é começarmos em duas cidades primeiro, e se o resultado for positivo, então podemos expandir pouco a pouco."

Paulo ficou surpreso, não esperava que ele começasse a falar de negócios assim que entrou no carro, e ele nem havia terminado de bajular.

A indústria turística de Cidade de Paz já não o satisfazia mais, e ele queria expandir para outras regiões, mas não tinha recursos nem contatos fora; apenas o terreno já seria um desafio para ele por um século.

Sem falar nas outras empresas e competidores, ir até o território alheio para tentar pegar uma parte do mercado, sem um suporte por trás, seria como pedir para ser esfolado.

Mas se pudesse estabelecer uma parceria com o Grupo Duarte, todos esses problemas seriam insignificantes.

Mesmo que fosse apenas para seguir na sombra e aproveitar o que sobrasse, ainda assim seria melhor do que ficar apenas em Cidade de Paz.

Senão, por que ele viria pessoalmente ao aeroporto recebê-los, e ainda por cima com toda essa pompa?

Paulo disse: "Depois de uma longa viagem, vou levar vocês para o hotel para descansarem. Podemos conversar mais sobre a parceria à noite, que tal?"

Marcelo, claro, não se opôs: "Por mim, tudo bem."

Afinal, ele que era o responsável por essa negociação, e Thales não se envolvia.

Esse homem veio falar sobre parceria, mas Marcelo sabia muito bem que o interesse dele não era apenas nos negócios; vir a Cidade de Paz era apenas uma conveniência para discutir negócios com Paulo.

Paulo riu maliciosamente, pensando em algo, e lembrou: "Ah, sim, presidente Duarte, esteja ciente de que Cidade de Paz não está muito segura ultimamente, é melhor cuidar bem da sua linda acompanhante."

"Como assim?" - Marcelo perguntou, interessado.

"Muitos turistas vêm para cá, como vocês sabem. Cidade de Paz fica na fronteira, bem ao lado de Ponta de Ouro, e há muitos traficantes de pessoas por aqui."

Durante uma parada mais brusca, ela sentiu uma onda de náusea e cobriu a boca, quase vomitando.

Thales olhou de lado, notando sua palidez, e gentilmente puxou sua cabeça para seu ombro, acariciando suas costas.

Flavia ficou surpresa, olhando para ele brevemente.

Ele estava vestido casualmente hoje, com um cardigã cinza e uma camisa branca por baixo, coberto por um sobretudo fino preto, parecendo menos austero, e a ternura em seus olhos para Flavia a fez se sentir confortada.

Enquanto Flavia contemplava, o carro deu mais um solavanco.

Ela quase vomitou novamente.

"Não me diga que está grávida de novo?" - A voz de Marcelo veio da frente, distante.