Minha Esposa Muda romance Capítulo 575

Flavia baixou os olhos para o homem, seu olhar estava um pouco confuso.

Ele colocou os dois sapatos nela e depois levantou a cabeça para olhá-la.

Os dois se olharam por um momento, algo pareceu brilhar nos olhos escuros dele, rápido demais para que Flavia pudesse compreender completamente.

Thales se levantou, mas, apenas começando a se erguer, franziu a testa, vacilou e, a tempo, agarrou o parapeito da varanda para evitar cair.

Vendo isso, Flavia também se levantou rapidamente, estendendo a mão para apoiá-lo, com uma expressão de preocupação.

Thales baixou a cabeça, respirou fundo e, ao levantá-la novamente, sua expressão já havia voltado ao normal.

Ele levantou a mão e acariciou a cabeça de Flavia.

"Não se preocupe, estou tudo bem."

O olhar de Flavia permaneceu em seu rosto por um momento, e, no final, ela decidiu acreditar nas suas palavras e o soltou.

Nesse momento, o celular de Flavia tocou novamente.

Ela olhou para trás, para o celular sobre a mesa de centro, reconhecendo que aquela cor rosa deveria ser o seu aparelho.

Flavia deixou Thales de lado e entrou para atender o telefone.

Ao pegar o telefone, viu que era Victor ligando, hesitou por um momento antes de deslizar para atender e colocar o aparelho junto ao ouvido.

Victor disse do outro lado da linha: "Eu pensei que você estava me ignorando. Finalmente atendeu."

"O Ano Novo está chegando, você tem algum lugar para ir?"

Flavia não conseguiu responder, e Victor estranhou: "Você não estava falando antes? Por que está em silêncio agora?"

Assim que Victor terminou de falar, o celular foi tirado das mãos dela.

"Se o Sr. Martins está realmente se sentindo sozinho, eu posso ajudá-lo com isso."

A voz de Thales soou e, instantaneamente, houve silêncio do outro lado da linha.

Após alguns segundos de silêncio, Victor disse: "Você está com ela agora?"

"A resposta é óbvia, Sr. Martins. Por que perguntar?"

Victor respondeu irritado: "Vocês já se divorciaram, por que você ainda a mantém por perto? Qual é o seu propósito?"

Thales respondeu: "Isso não é da sua conta."

Thales apenas a observava comer.

Ela não se lembrava de nada, portanto, não ficaria triste nem chateada, apenas comia quando tinha fome e dormia quando estava cansada, sem precisar pensar em mais nada.

Acordar significava um novo dia para ela.

E isso era bom.

Contanto que a doença não piorasse.

E a única coisa pela qual ele era grato era que, não importava quão regressiva fosse sua memória, Thales sempre permanecia nas profundezas de seu coração.

Desde que ela pudesse abrir os olhos e ver um rosto familiar, as lembranças que ela tinha eram felizes, e ela podia se sentir segura, sem medo.

Depois de comer, Thales, como de costume, a levou para tomar banho.

Ele encheu a banheira, deixou Flavia sentar lá dentro e cuidadosamente a ajudou a se banhar. Não se sabia até que ponto sua memória havia regredido, pois ao tomar banho com Thales, ela já não corava.

Ela se despiu naturalmente na frente dele e sentou-se obedientemente na banheira.

Pelo menos depois dos treze anos, ela não deixava Thales ajudá-la a tomar banho.