Minha Esposa Muda romance Capítulo 598

André observava Flavia com grande interesse.

Sua luta era insignificante e, quanto mais ela lutava, mais parecia um pequeno gato selvagem. Um gatinho que não sabia falar.

André segurou firmemente o queixo dela.

O rosto pequeno de Flavia parecia ainda menor em comparação com a grande mão de André, que poderia sufocá-la facilmente.

Sentada no colo dele, ela parecia um gatinho no colo de um leão.

"André, não estrague a moça."

André soltou uma gargalhada, girou seu braço, pressionando Flavia sobre suas pernas e deu um tapa em seu traseiro, produzindo um som nítido e alto.

Flavia mordeu o lábio, enquanto lágrimas grossas caíam.

"Ela realmente não fala?"

Descrente, André beliscou novamente o traseiro dela.

Usando cerca de setenta a oitenta por cento de sua força, ele fez Flavia gritar de dor.

O som, embora baixo e choroso, era suficiente para agitar o coração de um homem.

André ficou satisfeito.

"Veja, ela pode falar."

Ele virou Flavia novamente, como se ela fosse um brinquedo em suas mãos, pronto para ser manipulado à vontade.

Segurando o rosto dela, André disse: "Linda, vem beber comigo."

Ele pegou um copo de vinho da mesa e o ofereceu a Flavia.

Com lágrimas nos olhos, Flavia balançou a cabeça; ela não queria beber.

André não se importava, forçou o copo em sua boca, imobilizando seu rosto.

Ela só podia morder firmemente os dentes.

André, já acostumado com essa reação, apertou as bochechas dela com força, e ela, de dor, abriu a boca.

Ele derramou rapidamente o álcool forte em sua boca, fazendo com que Flavia engasgasse repetidamente.

A maior parte do líquido escorria pelo queixo e pescoço, infiltrando-se em sua roupa.

A desordem e a miséria de uma mulher, aos olhos da maioria dos homens, possuem um atrativo fatal, especialmente se a mulher for bonita.

Após um copo de bebida, o rosto e os cabelos de Flavia estavam molhados de álcool.

Seus braços caíram, e ela jazia nos braços de André, com o olhar vazio.

Vendo isso, André riu alto, jogou a garrafa fora, atirou Flavia no sofá e levantou-se para desabotoar seu cinto.

Esse tipo de comportamento em público não era incomum, afinal, os garçons ali sequer usavam roupas.

André levantou a cintura de Flavia, pronto para avançar, quando de repente o cruzeiro balançou várias vezes.

A frequência da oscilação não era pequena.

André cambaleou, forçado a soltar Flavia e sentar-se apressadamente no sofá.

As outras pessoas na sala também não estavam melhor, tropeçando e caindo, enquanto garrafas e copos se quebravam por toda parte.

"O que está acontecendo?"

"Vamos ver!"

Todos ficaram alarmados, pensando que o navio tinha batido em algo no mar.

Mas após alguns balanços, o cruzeiro estabilizou novamente, e tudo voltou ao normal.

O olhar de Fábio brilhou, e assim que o cruzeiro parou, ele também se levantou e caminhou em direção ao convés.