Minha Esposa Muda romance Capítulo 619

Flavia acumulou um olhar de perplexidade em seus olhos e, com uma expressão confusa, perguntou: Um beijo resolve?

"Você pode tentar."

Após pensar por um momento, Flavia se aproximou e deu um leve beijo no rosto do homem.

Em seguida, olhou para ele com expectativa, como se perguntasse se ele estava se sentindo melhor.

"O outro lado."

Flavia então se inclinou para beijar a outra bochecha dele.

E perguntou: E agora, melhorou?

Thales fixou seu olhar escuro nela, e após um breve momento, falou com uma voz fraca e indiferente.

"Sim." - Sua voz era profunda, um tanto rouca, e carregava um toque de ambiguidade inexplicável.

Claro que, com o estado mental de Flavia naquele momento, ela não percebeu o subtexto, apenas ouviu a confirmação de que ele estava melhor e virou-se para pegar algo para comerem.

Após comerem, os dois ficaram no interior do barco sem fazer nada, apenas sentados lado a lado em um silêncio contemplativo, apreciando a tranquilidade do momento.

Flavia, que estava tensa inicialmente, aos poucos foi se relaxando.

Ela até tentou pegar peixes na margem, mas sem sucesso, acabando por cair na água várias vezes.

Vendo-a voltar encharcada, Thales suspirou.

Por sorte, havia um roupão limpo ali.

Ela trocou suas roupas molhadas e vestiu o roupão.

Thales lançou um olhar estranho para ela, vestida apenas com aquele roupão solitário.

Felizmente, estavam só os dois ali.

Flavia levou as roupas sujas para lavar na praia e depois as trouxe de volta para secar no iate. Observando as roupas balançando ao vento enquanto o sol se punha, o dia chegou ao fim.

Thales levou cerca de quatro ou cinco dias para recuperar alguma mobilidade.

Com quase toda a comida do iate consumida, se ele continuasse a se recuperar naquele ritmo, eles poderiam acabar morrendo de fome ali.

Flavia, que estava se alimentando de biscoitos compactados por dias, estava faminta.

Imediatamente, Flavia colocou a faca em sua mão, e ele ficou parado na água, pedindo que ela não se movesse.

Não demorou muito para que alguns peixes nadassem por perto.

Thales escolheu o momento certo e lançou a faca com precisão, acertando um peixe.

Flavia abriu os olhos, surpresa e feliz, correu para pegar o peixe na água e o mostrou para ele, exibindo um sorriso radiante.

Seu rosto estava cheio de admiração não disfarçada por ele.

Ela parou sob a brisa suave, com o sol da manhã iluminando seus cabelos, e com o mar azul e o céu ao fundo, parecia uma criatura mágica pura e radiante.

Thales, observando-a admirado, sorriu involuntariamente e acenou com a cabeça: "Leve para cima."

Flavia assentiu, devolveu a faca a ele, e caminhou de volta à praia para colocar o peixe em uma caixa.

Esta caixa, desmontada do iate, tinha uma boa vedação.

Thales pegou mais alguns peixes e os jogou na caixa.

Voltando à praia, disse a Flavia: "Vamos ver o que mais podemos encontrar lá dentro."