Minha Esposa Muda romance Capítulo 647

Os dois idosos à frente estavam absortos em seus planos, conversando sem fim, exibindo um amor que despertava inveja.

Flavia os observava encantada até que o ônibus do parque chegou ao destino.

O veículo parou lentamente e, ao virar-se, Flavia ficou maravilhada com o mar de flores à sua frente.

Um mar multicolorido de flores, infinito, como se a paleta de cores da natureza tivesse sido derramada.

Thales a puxou para fora do ônibus, e ela sentiu o aroma de flores misturado ao cheiro da terra.

O mar de flores parecia não ter fim.

Flavia se soltou dele e correu para dentro do emaranhado de flores, e, conforme ela corria, as borboletas também levantavam voo.

Havia muitas pessoas visitando, mas o vasto mar de flores fazia parecer que havia poucas pessoas, espalhadas aqui e ali.

Flavia correu um trecho antes de parar e olhar para trás, para Thales.

Ele caminhava com as mãos nos bolsos, seguindo-a lentamente.

Flavia fez sinais para que ele tirasse fotos.

Thales então pegou o celular e começou a fotografá-la.

Flavia fazia várias poses entre as flores, sorrindo radiante, e, conforme Thales pressionava o obturador, seu sorriso era capturado no celular.

O mar de flores era vasto, Flavia correu bastante e, ao olhar ao redor, sentiu-se cercada pelo mar de flores, sem conseguir distinguir as direções.

Thales a seguiu, visivelmente debilitado, pressionou a região do abdômen e continuou a fotografá-la com o celular.

Quando Lucas chegou ao hospital, descobriu que Thales havia desaparecido.

Não só Thales, mas Flavia também havia fugido com ele.

"Para onde foram?" - Paulo perguntou, constrangido.

Ele também estava preocupado que Thales pudesse ter desaparecido novamente, como da última vez, quando sumiu por meio mês, deixando-o aterrorizado.

"Sim, desapareceu. Não sei para onde foi e levou a senhora junto." - Lucas sentia como se tivesse cometido um erro ao deixar Flavia cuidar de Thales, como quem jogava um pãozinho para um cachorro.

Thales a convenceu a fugir em poucas palavras.

Marcelo, despreocupadamente, disse: "É mesmo? Bem, se ele quer se arriscar, deixe-o. Quando eu assumir o Grupo Duarte, vou aumentar seu salário."

"Você..." - Lucas estava furioso: "Como você pode fazer piada em um momento desses?"

Marcelo riu alto: "Meu jovem assistente, não se preocupe tanto, ele não é uma criança de três anos, sabe o que está fazendo."

"Ele sabe? Eu realmente não consigo ver isso. Você conhece alguém que fugiria para se divertir logo após uma cirurgia?"

"Por isso digo, ele sabe o que está fazendo. Por que a pressa? A preocupação deveria ser dele." - Marcelo disse, enigmaticamente: "Talvez ele esteja mais preocupado do que você."

Lucas ficou confuso com suas palavras, franzindo a testa, sem entender: "O que quer dizer?"

"Você vai descobrir eventualmente. Se ele quer sair, deixe-o. Há pessoas que só tentam fazer algo quando estão prestes a perder tudo."