Minha Esposa Muda romance Capítulo 743

Thales observava-a sem expressão, testemunhando enquanto ela rasgava o documento.

Lucas lançou um olhar furtivo para Thales, pensando se ele não iria intervir.

Flavia pegou outro documento, e Lucas não conseguiu mais se conter, atirando-se sobre o documento para impedi-la de rasgá-lo, dizendo trêmulo: "Isso não pode ser destruído!"

Era o contrato de um projeto de licitação governamental, se fosse destruído, não haveria como remediar a situação.

Flavia olhou para ele sem entender, curiosa sobre o motivo de seu medo, mas soltou o documento.

Afinal, havia muitos outros sobre a mesa.

Lucas pegou o documento e o abraçou, enxugando o suor frio da testa, e disse a Thales de maneira hesitante: "Presidente Duarte, posso organizar estes para você? Separarei os documentos importantes."

Enquanto mantinha um sorriso no rosto, por dentro, ele estava freneticamente criticando a situação.

Se os documentos fossem destruídos, Thales certamente não se importaria, mas no final, ele seria quem teria problemas.

Thales parecia indiferente, como se fosse apenas uma questão de dizer algumas palavras.

Thales olhou para o relógio e disse: "Então faça isso."

Ele acrescentou: "E Victor assinou o acordo de divórcio?"

Ao ouvir o nome de Victor, Flavia imediatamente prestou atenção, fixando o olhar em Thales.

Lucas respondeu: "Vou ligar para ele em breve, mas com o Presidente Martins envolvido, não deve haver grandes problemas."

Thales assentiu levemente e, depois de falar, caminhou até Flavia, pegou sua mão e saiu: "Vamos, vou te levar para almoçar."

Flavia rapidamente pegou seu tablet e seguiu seus passos até o estacionamento.

Depois de entrarem no carro, Thales recebeu uma ligação de Dona Duarte.

Ele conectou o celular ao Bluetooth do carro, segurou o volante e saiu do estacionamento enquanto a voz de Dona Duarte soava pela tela.

O motivo, claro, era o acordo de divórcio que Lucas havia trazido.

Hélder tinha garantido que conseguiria fazer Victor assinar o documento, mas agora, quase uma semana depois, Victor se recusava a assinar.

Não só isso, mas após ser pressionado, ele trancou-se por dentro, e já estava sem comer ou beber por três dias.

Hélder estava impaciente do lado de fora.

"Victor, pode abrir a porta? Queria falar com você" - a mãe de Victor implorava do lado de fora, com lágrimas nos olhos.

Ela havia dito muitas palavras amáveis nos últimos dois dias, mas Victor se recusava a abrir.

Três dias sem comer ou beber, e não se sabia como ele estava.

Sem resposta do interior, as pessoas do lado de fora ficavam ainda mais ansiosas.

Hélder, furioso, deu dois chutes na porta e depois se virou para o mordomo, dizendo: "Pegue um machado, vá arrombar essa porta!"