Minha Esposa Muda romance Capítulo 755

Dona Duarte tremia os ombros, virou-se com rigidez e olhou para dentro do saco plástico, contendo mosaicos.

Ela perdeu o fôlego e, com os olhos revirados, desmaiou.

Thales jogou o relógio de volta e olhou para os outros sacos plásticos, perguntando: "Isso é tudo? Suponho que não encontraram tudo ainda, certo?"

"Sim, só encontramos umas partes. Estamos ainda na busca pelo resto."

Thales levantou-se, com um vislumbre de tristeza em seus olhos, ele se voltou para os policiais: "Peço que façam o máximo para capturar o assassino."

"Com certeza, mesmo sem o Sr. Duarte pedir, faremos tudo ao nosso alcance para levar o criminoso à justiça."

"Obrigado."

"É nosso dever, não há de quê." - Os policiais então mostraram a ele algumas fotos: "Estas são fotos dele antes de desaparecer, parece que ele recebeu um convite de alguém para vir até aqui."

"Mas a vigilância aqui é escassa, e esta mansão está desocupada há muito tempo. Há poucas câmeras, então ainda não sabemos quem mais esteve aqui."

"E o celular dele?"

"Não foi encontrado, provavelmente foi destruído pelo assassino. Mas quando conseguirmos os registros de chamadas, saberemos mais."

Thales assentiu e, após mais uma breve conversa, permitiu que levassem Dona Duarte de volta para a Casa de Duarte.

Dona Duarte, assustada com o que viu, adoeceu ao retornar e, ao acordar, estava completamente abatida, sem forças até mesmo para falar.

Agora, sempre que fechava os olhos, as imagens daquelas coisas invadiam sua mente, e até beber água se tornava um tormento, sentindo como se estivesse bebendo sangue, vomitando imediatamente após cada gole.

Thales, por enquanto, não havia retornado para Ilha Bela, ficando na Casa de Duarte com Flavia.

Flavia, por outro lado, gostava de estar ali, pois podia continuar brincando com o bebê.

Dona Duarte jazia na cama, com um olhar vazio.

Thales sentou-se ao seu lado, descascando frutas, quando ouviu Dona Duarte perguntar: "Os resultados da perícia já saíram?"

"Sim, saíram."

Era como se ele não estivesse apenas descascando frutas, mas cometendo um assassinato.

Dona Duarte, com medo, ficou ainda mais pálida: "Mesmo que ele tenha sido confuso nos últimos tempos, você não sente nada por ele depois de tantos anos?"

"Como você consegue ser tão frio?"

Thales a questionou de volta: "E o que mais eu deveria fazer? Deitar na cama lamentando seria a forma adequada de expressar meus sentimentos por ele?"

"Você…"

Ele sempre tinha uma resposta que a deixava sem palavras.

Dona Duarte desistiu de discutir sobre isso, olhando para o teto, quase como se falasse consigo mesma: "Você se lembra da primeira vez que veio aqui?"

"Naquela época, você tinha apenas cinco anos."

Naquele tempo, ele era uma criança obediente e gentil, sempre com um sorriso educado no rosto, tratando todos com suavidade e cortesia.