Minha Esposa Muda romance Capítulo 773

Marcelo disse: "O que se pode fazer? É apenas o karma, deixe-o se virar."

Thales soltou uma risada.

Parecia estar rindo do sermão que Marcelo acabara de lhe dar.

"Eu pensei que você tivesse mudado para melhor, começando a agir como um santo."

Marcelo, ao ouvir isso, não se irritou, apenas deu duas risadas baixas: "Não é fácil ser santo. Se alguém me esfaqueia, eu ainda tenho que sendo simpático."

Enquanto falavam, Lucas correu até eles, ofegante, e disse: "Presidente Duarte, a Srta. Coelho acordou."

Rosana havia passado quatro dias em coma, mas finalmente acordou hoje.

Thales não perdeu mais tempo e seguiu Lucas até a UTI de Rosana.

No caminho, Lucas mencionou: "Ah, Presidente Duarte, o resultado do teste de paternidade da Srta. Coelho e seus pais saiu. Esqueci de pegá-lo agora pouco."

"Diga o resultado."

"Eles não são os pais biológicos dela."

Thales assentiu, sem dizer mais nada.

Ele teve que se vestir com trajes estéreis para visitar Rosana, sendo essa a primeira vez que entrava lá.

Rosana estava extremamente fraca, toda enfaixada, quase irreconhecível.

Ela mal podia mover qualquer parte do corpo, exceto a cabeça.

Os olhos de Rosana seguiram Thales, enchendo-se de lágrimas ao ver a imponente figura do homem.

As lágrimas escorriam para dentro dos curativos, tocando suas feridas e fazendo-a tremer de dor.

Thales sentou-se ao lado dela, usando máscara e touca cirúrgica, deixando apenas seus olhos profundos à mostra.

Rosana tentou falar, mas sua voz estava fraca e abafada pela máscara de oxigênio.

"Thales."

Ele a olhou, sem responder imediatamente.

Rosana tentava decifrar algo em seus olhos – piedade, amor, ou até mesmo culpa.

Mas os olhos dele permaneciam serenos, sem revelar emoção alguma.

Ela queria gritar, se libertar, romper suas amarras.

Rapidamente, os médicos entraram, administrando um sedativo em Rosana após ver sua agitação.

Ela fixou o olhar em Thales, sem saber se era pela luz fraca do quarto ou pelas lágrimas em seus olhos, mas ela não conseguia mais ver claramente os olhos dele.

Seus dedos se cravavam no lençol, as veias de suas mãos saltadas, tentando em vão discernir as emoções nos olhos dele.

Mesmo relutante, a sonolência provocada pelo sedativo a venceu, e ela fechou os olhos gradualmente.

Os médicos expulsaram Thales para realizar o atendimento de emergência em Rosana.

Lucas, ao lado do homem, sentiu como se a temperatura ao redor tivesse caído, arrepiando-se.

Thales lentamente removeu a máscara e a touca, jogando-as no lixo.

Seu olhar era enigmático, difícil de interpretar.

Lucas lançou mais um olhar para a UTI.

Ele não sabia o que havia acontecido lá dentro, mas, com tantos médicos entrando, certamente algo havia dado errado com Rosana.