Minha Esposa Muda romance Capítulo 786

"Não é necessário, ela nunca será minha irmã, e eu não tenho irmã."

Carolina não tinha muita simpatia por Rosana e chegou a detestá-la profundamente.

Mesmo que Rosana fosse de fato sua irmã biológica, ela não permitiria que Rosana fosse reconhecida como tal.

Marcelo observava as mudanças na expressão dela, sorrindo sem dizer uma palavra.

Eles ficaram sentados no carro por um tempo, até que o céu escureceu novamente, e então Carolina dirigiu de volta para a cidade.

No hospital, Flavia acordou para receber soro.

Os medicamentos do dia eram diferentes dos do dia anterior, aumentando o número de frascos significativamente.

Considerando que no dia anterior a medicação durou quatro horas, naquele dia, duraria pelo menos seis ou sete horas.

Flavia, cansada de ficar deitada na cama, decidiu se deitar no sofá.

Ela olhava entediada para o teto, soltando suspiros de tempos em tempos.

Lídia tentava conversar com ela, mas Flavia permanecia mergulhada em seu próprio mundo.

Não era que Flavia não quisesse responder; ela simplesmente não tinha energia para falar.

Estava exausta, e além de respirar, não queria se mover.

Thales chegou ao hospital ao meio-dia e ficou com Flavia até que ela terminasse de receber o soro.

Vendo seu ar abatido, sugeriu que saíssem para comer.

Ao ouvir que poderia sair, os olhos de Flavia brilharam.

Ela se levantou do sofá rapidamente, fixando o olhar em Thales.

Lídia trouxe suas roupas, e Thales a ajudou a se vestir antes de guiá-la para fora do hospital.

Ao passarem pela porta da frente, uma brisa fria os atingiu, fazendo Flavia tremer e tossir algumas vezes, felizmente, não houve sangue dessa vez.

Thales olhou para ela, preocupado: "Está muito frio lá fora, você tem certeza de que quer sair?"

Flavia assentiu firmemente, puxando a mão de Thales com impaciência: "Vamos logo!"

As costas de sua mão estavam cheias de hematomas devido às agulhas, que se tornavam ainda mais visíveis sob a luz natural.

Thales a seguia de perto, pedindo para ela diminuir o ritmo.

Mas Flavia ignorava, correndo ainda mais rápido, parecendo acreditar que poderia encontrar seus pais ali.

Sua mãe costumava levá-la ao shopping para comprar muitas roupas bonitas.

Enquanto corria, Flavia tentava reconhecer os rostos na multidão, esperando encontrar alguém familiar.

Mas não reconheceu ninguém depois de percorrer um andar inteiro.

Ela correu para o segundo andar.

Justo quando estava prestes a subir pela escada rolante, uma figura surgiu do outro lado, e eles se encontraram no acesso à escada, colidindo espetacularmente.

Flavia bateu no peito da pessoa, viu tudo escurecer e caiu sentada no chão.

A dor intensa fez seus olhos se encherem de lágrimas, e ela começou a chorar ali mesmo.

A pessoa com quem colidiu também recuou alguns passos e, ao ouvir o choro dela e olhar mais atentamente, exclamou com alegria.

"Flavia!"