Minha Esposa Muda romance Capítulo 802

Não se sabia se era pela expressão assustadora em seu rosto ou pela tristeza de não poder comer sorvete, mas ela fez bico e ficou olhando fixamente para Thales, com um ar de quem iria chorar a qualquer momento.

Thales suavizou o tom de voz e, acariciando sua cabeça, disse: "Calma, quando você melhorar da gripe, a gente compra sorvete."

"Eu quero agora! Compra pra mim!"

"Não pode."

Então, ela perdeu a paciência e jogou o doce que tinha em mãos no chão, dizendo: "Eu quero!"

Thales sentiu uma veia pulsar em sua testa.

Flavia, vendo que ele ainda se recusou a comprar para ela, abriu a boca e começou a chorar.

Seu choro chamou a atenção das pessoas ao redor.

Thales ficou ali parado, experimentando pela primeira vez o que era sentir vergonha pública.

Flavia se agachou no chão, chorando descontroladamente, e as pessoas ao redor não conseguiram evitar uma risada discreta.

Até que uma criança de cinco anos que passava por ali apontou para ela e disse: "Essa moça aí está chorando como um bebê, que mico."

Flavia ouviu isso, e seu choro diminuiu um pouco.

Ela virou a cabeça para olhar o menino.

Thales se agachou diante dela e disse: "Já chega de chorar."

Flavia olhou para ele soluçando, ainda evidentemente querendo o sorvete.

Thales a observou por um momento e finalmente cedeu: "Tá bom, eu compro, mas você só pode dar uma mordida."

"Só uma mordida?" - Ela parecia miserável, relutante.

"Então eu não compro."

"Tá bom, então! Só uma mordida!" - Temendo que ele mudasse de ideia, Flavia agarrou a manga de sua camisa.

Thales a levantou, mas ela se agachou novamente para pegar o doce no chão.

Thales pegou esses itens de sua mão e os jogou no lixo. "Estão sujos, vamos comprar outros."

Ao término do passeio, Flavia ainda estava empolgada.

Ela puxou Thales, apontando para a torre de queda livre à distância.

Thales sentiu uma leve contração nas pálpebras.

Se ela quisesse algo e não conseguisse, recorreria ao choro e à birra, deixando Thales sem saída.

No entanto, durante a espera, a pessoa do hospital ligou, Rosana havia acordado.

"Entendido."

Ele desligou o telefone com essas palavras, guardando-o no bolso, e com Flavia, subiu na torre de queda livre.

Fazer esses passeios radicais, menos de dois meses após sua cirurgia, era algo que ele sabia ser arriscado.

Depois do passeio, ele se apoiou na grade ao lado, pressionando o abdômen, com uma expressão dolorosa no rosto e um suor frio na testa.

Flavia correu até ele, abraçando seu braço: "O que houve?"