Minha Esposa Muda romance Capítulo 813

O velho professor balançou a cabeça: "A esta altura, é quase impossível curá-la."

"E agora, o que fazemos?"

O ancião suspirou com pesar e olhou profundamente para Thales.

"Enquanto ainda puderem se comunicar, passe mais tempo com ela."

A expressão de Thales mudou levemente.

"Quanto tempo ainda tem?"

"Não posso dizer com certeza. Tudo depende dela agora."

Os dedos de Thales, que estavam sobre a mesa, se fecharam lentamente.

Ele parecia pensativo, perdido em seus pensamentos.

Momentos depois, ele se levantou e voltou ao quarto de hospital.

Flavia dormia profundamente, enquanto Thales simplesmente sentava ao seu lado, sem ir à empresa.

Fábio chegou a pensar que ele havia decidido abandonar os negócios da empresa.

Nos últimos dias, Flavia passou a maior parte do tempo dormindo, acordando ocasionalmente para conversar com Thales.

Mas Thales era uma pessoa de poucas palavras, e as conversas rapidamente chegavam ao fim, deixando Flavia sem escolha a não ser voltar a dormir.

No terceiro dia, Thales decidiu dar alta a ela e levá-la de volta para Ilhabela.

Quando Flavia acordou em seus braços, percebendo a mudança de ambiente, perguntou sonolentamente: "Você está me levando para casa?"

Ela acabara de acordar, sua voz rouca e baixa, suave como a de um gato.

Thales a acomodou no sofá, fazendo-a sentar-se em seu colo, e com uma das mãos acariciou seu rosto.

"Ainda não."

O olhar de Flavia tornou-se melancólico: "Isso significa que recebi alta?"

"Não exatamente, apenas mudamos de ambiente para continuar o tratamento."

Flavia suspirou tristemente, esfregando o rosto contra o peito dele em um gesto carinhoso: "Estou com fome."

"O que você quer comer?"

"Quero sorvete" - ela murmurou.

Thales permaneceu em silêncio, seu olhar distante, como se estivesse absorto em pensamentos, mesmo olhando para ela.

Flavia tocou seu rosto: "Por que você ficou quieto de novo?"

Thales voltou a si, sorrindo levemente: "Está bem, ficarei com você."

Flavia ficou radiante, apertando o rosto contra o peito dele, gostando do seu cheiro e esfregando-se em seu abraço.

Meia hora depois, Lídia voltou com o sorvete.

Ela comprou uma caixa com diversos sabores, permitindo que Flavia escolhesse.

Flavia, depois de muita deliberação, escolheu um de manga, passando-o para Thales para que ele abrisse a embalagem.

Thales, segurando-a, teve que se virar para abrir o sorvete para ela, uma cena que, aos olhos de Lídia, parecia um adulto cuidando de uma criança.

Ele entregou o sorvete a Flavia.

Ela começou a saboreá-lo contente, enquanto Lídia ia preparar a refeição.

Embora tivessem comprado uma caixa inteira, Thales só permitiu que ela comesse um, dizendo que o restante teria que esperar até depois da refeição e dos medicamentos.