Minha Esposa Muda romance Capítulo 841

Ela esperou por muito tempo, e enquanto esperava, começou a chover levemente.

A chuva fina dançava sob os postes de luz, refletindo um brilho cristalino sob a iluminação.

Ela levantou a cabeça, observando a chuva miúda, com as gotas caindo em seu rosto e cabelo.

Num momento de devaneio, Flavia pareceu ver novamente o jovem sob o luar, com um sorriso indulgente no rosto.

"Irmão Iaguito."

Flavia murmurou, estendendo a mão lentamente em sua direção: "Você veio levar a Vivi para casa?"

O jovem permaneceu em silêncio, sua figura quase transparente sob a luz da lua, como se pudesse desaparecer a qualquer momento.

Como nos seus sonhos, seus dedos atravessaram a figura do jovem, sem alcançá-lo.

Lágrimas começaram a acumular nos olhos de Flavia novamente, misturando-se com a chuva e escorrendo pelo seu rosto.

"Vocês todos me abandonaram."

Ela disse soluçando, fixando o olhar na aparição diante de si, sem ousar piscar, com medo de que ele desaparecesse.

A chuva aumentou, molhando seu rosto e cabelo, misturando-se com as lágrimas que escorriam pelo seu rosto.

De repente, um brilho ofuscante capturou sua atenção.

Flavia levantou a mão para se proteger, e após se ajustar à luz, abaixou a mão, e a figura havia desaparecido.

Com um súbito pânico, ela olhou em volta, mas só viu os carros estacionados ao lado da rua.

Um homem desceu de um desses carros, caminhando com passos largos em sua direção.

Flavia olhou para cima, para a grande figura diante dela; ele era tão alto que, mesmo olhando para cima, não conseguia ver claramente o rosto do homem sob a noite escura.

O homem agachou-se diante dela, seus olhares se encontrando.

"Já acabou a cena?"

Ele a olhava sem expressão, seu tom tão frio quanto o ar ao redor.

Lágrimas transbordaram dos olhos de Flavia, e ela murmurou com voz fraca: "Mentiroso."

Thales pareceu surpreso: "O que você disse?"

"Mentiroso, você disse que iria me levar para casa."

"Nunca mais quero falar com você!"

Flavia, com o rosto banhado em lágrimas, acabou sendo vencida pela força do homem e colocada no carro.

Ele a prendeu com o cinto de segurança, fechou a porta do carro e entrou no veículo.

Flavia puxava o cinto de segurança, incapaz de soltá-lo.

Pensando que sua família não a queria mais e que essa pessoa também a estava maltratando, a sensação de injustiça a atingiu novamente, e ela começou a chorar.

Thales, como se não ouvisse, dirigiu silenciosamente, levando-a de volta para Ilha Bela.

Ele a tirou do carro e a levou até o quarto no andar superior.

Flavia lutou sem sucesso, mordendo o braço dele em frustração.

Ele parou, voltando-se para olhá-la.

Flavia o encarou, tentando demonstrar sua raiva, mas seus olhos ainda estavam vermelhos, seu olhar não tinha força, transmitindo apenas inocência e vulnerabilidade.

Thales, então, segurou seu queixo com a mão oposta, fazendo-a soltar devido à dor.