Minha Esposa Muda romance Capítulo 872

"Podemos concluir agora que ela sofre de uma amnésia dissimulada."

Thales acariciava o sofá com os dedos, observando a pessoa deitada na cama, refletindo por um longo tempo. "Isso pode recorrer?"

"Não tenho certeza. Já que ela se lembrou, acho que as chances de recorrer devem ser pequenas, não é?" Dr. Soares não ousou afirmar com certeza.

Thales acenou com a mão, sinalizando que ele poderia sair.

Dr. Soares assentiu com a cabeça, retirou-se respeitosamente e fechou a porta ao sair.

Thales levantou-se, caminhou até onde Flavia estava e sentou-se ao lado dela, estendendo seus longos dedos para ajeitar os cabelos desordenados dela atrás da orelha, revelando seu rosto pequeno do tamanho de uma palma.

Ela não estava dormindo tranquilamente, franzindo a testa, com lágrimas cintilando entre os cílios, como se estivesse vivendo um pesadelo.

Os dedos de Thales acariciavam sua testa, como se quisessem aliviar sua dor.

Somente quando a testa dela começou a relaxar foi que ele se levantou e saiu.

Lucas ainda estava esperando na sala.

Ao vê-lo descer, aproximou-se imediatamente para relatar: "Presidente Duarte, aqueles corpos foram cuidados."

Thales sentou-se no sofá, perguntando calmamente: "Como foram tratados?"

"Oh, eles tiveram uma disputa interna sobre a divisão dos espólios e se mataram."

Thales pegou o controle remoto sobre a mesa, ligando a televisão casualmente. "Os dois que caíram no rio foram encontrados?"

"Ainda não. O Sr. Sérgio e o Sr. Nelson continuam procurando. As águas não são muito profundas e a correnteza é fraca; se não encontramos os corpos, há uma grande chance de estarem vivos."

Thales assentiu levemente. "Onde está o Fábio?"

"Não se sabe. Ele não tem ido à empresa."

Um sorriso frio surgiu no canto da boca de Thales. "Este jogo, também está na hora de terminar."

Lucas ficou levemente surpreso. "E eu... o que devo fazer?"

"Vá falar com a esposa do Dr. Correia, você sabe o que fazer."

Lucas pensou por um momento, logo entendeu, e assentiu. "Certo, vou cuidar disso agora."

Thales se aproximou, estendendo a mão para acariciar sua bochecha.

Flavia, instintivamente, virou o rosto para evitar o contato.

Sua mão parou no ar, a menos de dois centímetros de seu rosto.

"Ainda assim, esse dia chegou."

Ao ouvir a voz de Thales, Flavia ficou ligeiramente surpresa, e seu olhar caiu sobre a atadura em sua mão, tremendo ligeiramente.

Ela levantou o olhar para o rosto do homem, cuja expressão era indecifrável.

Seu dedo se moveu levemente, tocando a bochecha dela.

Flavia, de repente, empurrou sua mão para longe, olhando para ele. "Thales, me deixe ir, me deixe sair daqui."

"O que você quer dizer com me deixar ir?" Thales se inclinou ligeiramente, encontrando seu olhar, sua voz baixa e sem emoção discernível, enquanto seus dedos acariciavam suavemente seu rosto.

"Você está tão eloquente agora, mas era mais adorável quando não falava."