Minha Esposa Muda romance Capítulo 951

Flavia ficou chocada com o que ele disse, demorando um momento para se recompor.

"Por que não pode simplesmente me deixar ir? Por que tem que ser 'ou você morre ou eu posso sair'? Qual é a diferença entre essas duas opções?"

Thales massageou suas têmporas doloridas, sem se irritar, "Você está ficando cada vez mais difícil de lidar."

Flavia não respondeu, apenas procurou por remédio para gripe na mesa e trocou o copo d’água.

Ela pegou a mão de Thales, colocando o remédio na palma dele, "Tome isso."

Thales olhou para ela e então para o remédio na sua mão, "Retire o que disse."

Flavia sorriu de lado, "Você é uma criança de três anos?"

Thales ficou em silêncio por um momento, pegou o copo d’água sobre a mesa, colocou o remédio na boca e engoliu na frente de Flavia.

Flavia observou ele engolir o remédio e então se virou para sair, "Hora do jantar."

Thales observou sua silhueta, sorrindo pensativamente.

As coisas estavam diferentes.

Ele colocou o copo de lado e também desceu as escadas.

Lídia observava os dois, sentindo que algo entre eles havia mudado desde antes.

Parecia que o equilíbrio de poder entre eles tinha se invertido.

Talvez fosse apenas a sua imaginação, mas parecia que o Sr. Duarte estava seguindo Flavia como um marido obediente.

Com certeza era imaginação.

Lídia decidiu ir ao banheiro lavar os olhos, achando que a idade estava afetando a sua visão.

Flavia sentou-se à mesa, jantando e depois tomando o remédio, seguindo uma rotina familiar.

Thales de repente perguntou, "Você já foi ao Grupo Vaz?"

Flavia parou de comer, olhando para ele confusa, "Por que eu iria ao Grupo Vaz?"

"Irei direto para lá?" Ela não sabia nada sobre os procedimentos e nem com quem deveria entrar em contato ao chegar na empresa.

"Você pode pedir para o Lucas te levar."

Flavia ficou silenciosa por um momento, decidindo o que fazer. Ela se levantou, dizendo: "Terminei de comer, vou trabalhar."

Thales tosse duas vezes, jogou o guardanapo na mesa, subiu para trocar de roupa e foi para a empresa de carro.

A mãe de Fábio chegou hoje.

Ela foi à delegacia pegar a urna funerária e, ao sair, encontrou Lucas esperando do lado de fora.

"Sra. Terra." Lucas se aproximou para cumprimentá-la, "Nosso Presidente Duarte gostaria de convidá-la."

Teresa Terra olhou para ele, tocou a urna funerária e seguiu Lucas até o carro.

Teresa, que tem cerca de cinquenta anos mas mantém-se bem cuidada, apesar da dor de perder um filho, parece ter apenas quarenta e poucos anos.

Ela é uma típica beleza do sudeste, com um charme que só os anos podem trazer.