Minha Esposa Muda romance Capítulo 980

Flavia ficou tensa ao perceber o lampejo de intenção assassina nos olhos do homem. Parecia que ela realmente o havia provocado.

Ela tentou se acalmar, mantendo um sorriso nos lábios, "Já está irritado? Parece que você não é tão imperturbável quanto eu imaginava."

Thales também esboçou um sorriso, embora fosse um sorriso sem calor.

"Por que eu ficaria irritado com você?" ele disse, acariciando a face de Flavia, "Mas da próxima vez, lembre-se de trazer seu cérebro antes de falar."

Flavia franziu a testa, mas antes que pudesse dizer algo, Thales já a havia soltado.

"Vá descansar." Ao dizer isso, sua expressão já havia voltado ao normal. Ele empurrou Flavia para o lado e saiu, abrindo a porta.

Flavia baixou o olhar, reprimindo suas emoções e caminhou até a cama, sentando-se desamparadamente.

Enquanto isso, Thales desceu as escadas. Lídia o viu sair e sentar-se desajeitadamente nos degraus da entrada.

Seu terno preto quase se fundia com a escuridão da noite.

Ele fumava um cigarro atrás do outro.

Lídia, parada dentro da casa, estava indecisa entre sair e aproximar-se.

Após alguns minutos, ao vê-lo fumar cinco ou seis cigarros, ela suspirou, imaginando o que havia provocado tal desconforto desta vez.

Lídia pensou por um momento e decidiu sair, posicionando-se atrás de Thales, falou baixinho: "Sr. Duarte, o senhor ainda está doente, deveria voltar para dentro, está ventando muito aqui fora."

Thales a ignorou, mas depois de um tempo, pareceu ouvir algo.

Ele olhou para o escuro canto, "O que é aquilo ali?"

Lídia respondeu: "São o Pretinho e o Bolinho."

"Pretinho e Bolinho?"

Lídia reprimiu um sorriso. Bom, cada um com suas preocupações; ele nem se lembrava dos próprios cachorros.

Lídia silenciosamente se afastou, tentando evitar problemas para si mesma.

Pretinho balançava a cabeça, esfregando-a na palma de Thales, parecendo querer lamber seus dedos.

De repente, Thales agarrou o pelo na nuca de Pretinho, trazendo-o para mais perto. Pretinho então parou de abanar o rabo, deixando-o cair lentamente, até finalmente colocá-lo entre as pernas.

Ele murmurou para si mesmo, "Ficar preso na gaiola por muito tempo, sair e não saber se comportar, talvez seja melhor mantê-los presos."

Pretinho parecia desconfortável com sua pegada, lutando para se soltar.

Thales riu, apertando mais os dedos, e puxou Pretinho de volta.

Pretinho soltou um gemido de dor. Bolinho, ao ver Pretinho sendo maltratado, ficou ao lado latindo para Thales, mas seu latido soava sem confiança, sem coragem para intervir.

No entanto, Flavia, que estava no andar de cima, ouviu tudo. De repente, ela se levantou e correu porta afora em direção ao andar inferior.