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Minha ex-Luna se tornou uma Alfa! romance Capítulo 6

••• Ponto de vista do Halens •••

Vi as costas de Christina conforme ela saía de meu escritório e o silêncio tomava conta.

Fiquei atordoado e demorei um bom tempo para entender o que havia acontecido.

Christina tinha acabado de entrar, falou o que pensava e saiu em menos de dez segundos.

E o que ela disse?

Que iria esperar por mim amanhã à noite, quando a lua nascesse no altar da Deusa da Lua, para quebrar nossa conexão de companheiros, e ela não queria nada do nosso divórcio?

Fiz um grunhido de deboche.

Ela era só uma órfã que não tinha nada, nem ninguém, e dependeu de mim pelos últimos três anos. Tudo o que ela tinha foi dado por mim ou comprado com o dinheiro que eu a dei.

O que a havia dado a confiança de dizer que não queria receber nada pelo nosso divórcio? Que tudo que queria era ficar livre de mim e do Bando Black Stone? Que ridículo.

De repente, ouvi Nick pigarrear.

“Alfa, devo pedir a alguém para arrumar as coisas de Luna e fazer as preparações para a cerimônia de amanhã à noite?".

Olhei para ele como se fosse um palhaço. Será que realmente achava que Christina teria coragem de realizar a cerimônia e quebrar nossa conexão de companheiros?

Christina me amou com todo seu coração desde que nos conhecemos. Ela era tímida e mansa, e sempre fazia o possível para me fazer feliz. Era impossível que ela fosse capaz de pôr um fim à nossa conexão.

"Você acha que ela seria capaz de me deixar?", perguntei, arqueando uma sobrancelha.

Nick não respondeu à minha pergunta, mas parecia acreditar nela.

"Esquece. Não quero pensar nisso, Ela não teria coragem de terminar o relacionamento comigo", abanei a mão.

“Mas ela parecia decidida, e não parece que iria mudar de ideia", Nick falou.

"Ela só tá fingindo e fazendo birra porque fiz ela se ajoelhar e pedir desculpas", revirei os olhos.

"Se você diz...", falou e me deixou sozinho.

Suas palavras me irritaram. Como assim, se eu digo?

“Halens, isso é tudo culpa sua”, meu lobo, Raven, rosnou repentinamente.

“E por que isso é minha culpa?", perguntei.

"Foi você quem mencionou o problema pra começar", Raven não parava de rosnar.

"Você ainda quer alguém tão cruel quanto ela como companheira?", questionei.

"Não acho que tenha sido ela", Raven respondeu. Ele era muito protetor de nossa companheira. Bom, era de sua natureza ser assim.

“Você não acredita? Muitas pessoas viram o que aconteceu, e a própria Sonia falou”, bufei.

"E você acredita na Sonia?", Raven indagou.

"O quê? Acha que ela pulou do penhasco sozinha? Por que ela faria isso? Amava o bebê. Por que ela colocaria a própria vida em risco e mataria seu próprio bebê?", tentei mostrar a verdade para Raven.

"A Christina tava certa. Você desprezou a sua companheira, mas tratou outra pessoa com amor. Você até confiou na Sonia mais do que na própria companheira. Não é à toa que ela quer tanto quebrar a conexão. Mas Halens, se você deixar isso acontecer, vai doer, e eu não vou mais falar com você", Raven rosnou e me ameaçou.

Fiquei inquieto com a menção do quanto doeria romper nossa conexão.

Eu sabia que quebrar a conexão de companheiros era diferente de uma rejeição. Doeria demais, mas eu ainda não acreditava que Christina seria corajosa o suficiente para se separar de mim.

“Raven, você sabe porque eu tenho que proteger a Sonia", suspirei e mudei de assunto.

Raven bufou, mas não disse nada.

“Sonia é a viúva do meu irmão. Você sabe o quanto eu amava ele. Era a pessoa mais próxima de mim, me defendeu muitas vezes quando sofri bullying. Cuidar da viúva dele, Sonia, é o mínimo que posso fazer agora que ele não tá mais entre nós", lembrei-o.

“E você acha que isso justifica sua ação de tratar sua companheira com indiferença?”.

"Obrigado", peguei a xícara de café dela e coloquei sobre a mesa.

"Tá ocupado?", perguntou-me com um olhar gentil.

"Sim, tenho uma montanha de papelada pra resolver", contei.

"Tá bom, vou deixar você voltar a trabalhar. Não se esforça muito, em", lembrou-me e foi embora.

Voltei para meu assento e tomei um gole de café, colocando a xícara de volta na mesa.

'O café não é tão bom quanto o que Christina costumava fazer para mim', pensei.

Fechei a cara. O que diabos eu estava pensando? Eu nunca me importei com isso antes, por que pensei nela agora?

Deve ser por ter ameaçado quebrar a conexão de companheiros. Vamos ver se ela ainda conseguiria fingir amanhã. Sorri novamente.

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••• Ponto de vista da Christina •••

No momento em que disse essas palavras e deixei Halens, senti uma mistura de emoções, incluindo tristeza, desgosto e dor. No entanto, havia também uma rara sensação de alívio.

Ao deixar o Bando Black Stone, vi uma figura familiar parada não muito longe de mim, como se estivesse me esperando.

Ao chegar mais perto, percebi que era meu pai. Minhas memórias do que havia feito com ele voltaram todas de uma vez. Teimosa, abandonei meu bando pelo Halens, além de ter cortado laços com ele por três anos. Mas, apesar de suas objeções, ainda estava ali, esperando por mim

“Christina, minha filha”, disse gentilmente e abriu os braços.

Vendo ele ainda me acolhendo, mesmo eu tendo sido uma filha ruim para ele, senti todas as queixas e ressentimentos que eu havia sentido explodirem e todas as minhas defesas desmoronaram.

Corri a curta distância que nos separava e me joguei sobre ele.

“Pai”, chorei.

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