••• Ponto de vista da Christina •••
Sentindo o calor familiar do abraço do meu pai, lágrimas escorreram pelo meu rosto como se uma barragem houvesse sido rompida.
“Pai...”, solucei.
“Pronto, pronto... o pai tá aqui agora. Vai ficar tudo bem. O pai não vai deixar que ninguém te deixe triste”, disse gentilmente enquanto acariciava minhas costas.
Ouvindo suas palavras, eu chorei ainda mais. Achei que me culparia por me isolar dele há três anos, mas não, ainda era o mesmo pai amoroso.
“Vamos pra casa primeiro, Christininha”, chamou-me pelo apelido que me usava desde que eu era pequena.
Anuí com a cabeça, ainda envolvida em seus grandes braços. Levou-me até o carro.
Lembrei-me de que havia dirigido até aqui e parei antes de entrar no carro dele.
“Pai... eu vim dirigindo”, apontei envergonhada para o carro velho e preto não muito longe de onde estávamos.
"Ele se atreveu a te dar essa lata velha?", ficou furioso ao ver o carro para o qual eu estava apontando.
“Não, pai. fui eu que escolhi. Não queria que ele pensasse que eu tava com ele por causa de dinheiro” expliquei rapidamente, mas então senti algo errado. Parecia que eu estava defendendo Halens. Será que meu pai ficaria bravo?
"Azar dele de ficar sem uma princesa tão maravilhosa como você", falou depois de me olhar com seus olhos escuros.
Suspirei de alívio e meu humor melhorou quando ouvi suas palavras. Para ele, eu sempre seria sua garotinha que precisava de proteção.
“Deixa essa lava velha aí. Não tá à sua altura”, falou enquanto me puxava em direção ao seu Rolls Royce preto, não me deixando outra opção.
Não que eu recusaria andar em um Rolls Royce. Para ser sincera, eu meio que sentia falta de viver uma vida luxuosa.
Sentada no Rolls Royce, fechei os olhos e aproveitei a sensação. O assento de couro macio, o cheiro de couro caro e a maneira suave como o Rolls Royce deslizava pela estrada foi o suficiente para fazer com que eu abrisse um sorriso.
Chegamos ao Bando Count Star, e meu pai me levou para seu escritório imediatamente. Sentou-se em sua mesa, e eu sentei na sua frente.
Olhou-me com calma, mas seu olhar fazia com que eu me sentisse como uma aluna sendo chamada para a diretoria da escola por ter feito arte.
Eu olhei para baixo e brinquei com meus dedos, evitando olhá-lo.
"Me fala o que você passou nesses três anos, Christininha", falou com uma voz calma.
Olhei-o ao ouvir essas palavras. Sabia que faria essa pergunta, e havia me preparado para isso, mas ainda estava hesitante em lhe responder quando a hora chegou.
Levantou uma sobrancelha, e eu sabia que não tinha escolha a não ser responder. Contei tudo o que havia acontecido, desde o momento em que fui reivindicada e me casei com Halens até o momento em que decidi romper a conexão de companheiros com ele.
Vi o rosto de meu pai ficar cada vez mais fechado com cada uma de minhas palavras. Estava fazendo uma cara tão feia que meu coração batia rápido de medo.
Será que me culparia por ser tão idiota?
Riu e me abraçou de volta. Eu amava tanto meu pai. Agora eu realmente me sentia idiota por abandonar ele e o bando pelo Halens há três anos.
“Christininha”, meu pai me chamou, sério. Olhei-o e vi que sua expressão também estava séria.
“Você precisa da ajuda do papai pra se vingar? Posso começar uma guerra entre nosso bando e o dele. Ele não seria capaz de vencer a gente”.
Embora fosse grata ao meu pai por me amar tanto a ponto de querer erradicar o Bando Black Stone, ainda recusei sua sugestão.
“Não precisa, pai. Não quero mais nada com ele, deixa ele ficar com a Sonia. Depois de quebrar a conexão de companheiros amanhã, vou tratar ele como um estranho”, falei com firmeza, mas havia um traço de amargura e tristeza em meu coração. Parecia dizer que as palavras 'quebrar a conexão de companheiros' e pensar em Halens com Sonia ainda me afetavam.
"Essa é a minha filha. Esquece ele, finge que é um estranho, não deixa mais te afetar", meu pai sorriu amorosamente.
"Eu vou. Não se preocupa, pai". Apesar de estar triste de deixar o Halens, já estava decidida a esquecê-lo e seguir em frente. Como meu pai disse, ele não me merece.
“Pai, eu preciso ver a Octávia agora. Mas eu te prometo que vou me preparar para assumir o bando de agora em diante”, sorri para ele.
Seus olhos se iluminaram. Ele sempre quis que eu assumisse o comando e me tornasse a primeira mulher Alfa, mesmo três anos atrás, mas escolhi sair e ficar com o Halens.
"Ótimo, só lembra que o pai sempre vai estar do seu lado, tá bom? Se você encontrar algum problema, é só me falar”, falou com uma expressão satisfeita.
"Eu vou. Obrigada, pai. Te vejo mais tarde", abraçamo-nos novamente antes que eu saísse para ver a Octávia.
Ela estava esperando por mim do lado de fora da casa principal do bando. "Christina!", acenou quando me viu. Seu rosto inocente e seus gestos imediatamente me fizeram sorrir.

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Minha ex-Luna se tornou uma Alfa!
História parece ser muito boa, aguardando ansiosa por mai...