Minha Morte！Sua Loucura！ romance Capítulo 247

André era ágil, preciso e implacável em suas ações. Russo logo confessou que havia recebido um milhão de reais do assistente de Xisto, com a instrução de causar problemas na empresa, mas negou ter me pressionado.

Não me preocupei muito com isso, pois meu objetivo era desmascarar quem estava por trás de tudo.

No fundo, todos nós sabíamos que era Xisto.

Mas ele sempre conseguia escapar.

Não importava, eu cortaria seus braços direitos um após o outro e depois encontraria uma maneira de colocar meus próprios homens no lugar...

Afinal, Xisto tinha o apoio de Evandro, e suas raízes eram profundas.

"Evandro já está velho, e Xisto é seu único filho. Se alguma coisa acontecesse com o Xisto, o Evandro ficaria arrasado" - comentei com um olhar significativo para o André, enquanto o Robson acompanhava a enfermeira para pegar os resultados dos exames: "André, eu sei que você é inteligente, não importa o que o aproximou do Robson, acho que temos um inimigo em comum."

Esse inimigo era Xisto e Evandro.

André havia escolhido ficar do lado de Fábio assim que a situação do velho se complicou, declarando guerra a Xisto e Evandro.

Eles eram pessoas cruéis e, ao escolher Fábio, André só poderia vencer, não havia espaço para a derrota.

"Sim" - confirmou André com um aceno de cabeça: "Vou seguir suas ordens."

"Conseguimos colocar alguém de confiança ao lado de Xisto?" - perguntei.

André hesitou por um instante: "Xisto não é tão meticuloso quanto o Terceiro, mas é muito exigente com quem o cerca. Já pensei em algumas estratégias, mas ou são muito íntimos para se aproximar, ou são escolhidos a dedo por Evandro."

Eu sorri, ciente de que Evandro controlava o filho com mão de ferro.

Os jovens têm seu espírito rebelde, e eu não achava que Xisto fosse uma exceção.

"Vamos mudar nossa estratégia. Esperar por Evandro é inútil. Precisamos atacar os companheiros amorosos de Xisto. Até o herói mais forte cai diante de uma mulher bonita" - eu disse seriamente. Desde que conheci Xisto, eu sabia que os Macedos tinham um fraco por prazeres carnais, assim como Tom, Xisto também tinha.

Mas havia uma diferença entre Xisto e Tom: para Xisto, as mulheres eram brinquedos, e ele dava mais valor à sua carreira.

Robson congelou por um momento, depois me abraçou forte, a voz rouca: "Luna... obrigado."

Ele agradecia, e eu me sentia culpada.

Afinal, eu o havia esquecido, abandonado, e até me apaixonado por outra pessoa.

Ele realmente... não me odiava?

Às vezes eu pensava que, se a verdade viesse à tona e Robson tivesse me matado num acesso de fúria, eu não o culparia... eu que havia errado primeiro, esquecendo-o e me apaixonando por outro em seu momento mais doloroso, até tendo um filho com aquela pessoa.

"Vamos para casa" - decidi levar Robson para casa, sentindo como se algo estivesse bloqueando meu coração.

"O médico me chamou para uma conversa" - disse Robson, misteriosamente, mencionando que o médico tinha mais instruções a dar. Não dei muita importância a isso e o deixei ir embora.

Sentada no corredor, aguardando o retorno de Robson, vi Adonis passar.