Minha Morte！Sua Loucura！ romance Capítulo 248

Suas feridas já deveriam estar quase curadas, afinal, os desastres deixam suas marcas por séculos.

Eu estava caminhando ao lado de um homem de meia-idade, conversando sobre algo que eu não conseguia ouvir.

Quando virei a esquina, ele me viu e hesitou, como se tivesse algo a dizer, mas se conteve.

Eu o ignorei, mas meu olhar pousou no homem de meia-idade e meu coração de repente se apertou, era uma sensação muito familiar.

Quem era aquele homem?

Tentei me lembrar do homem de meia-idade, mas não consegui. Ele me viu e veio em minha direção.

Ele me viu e veio em minha direção com um sorriso.

Instintivamente, resisti e me levantei, com a intenção de fugir.

Ele me examinou atentamente, seus olhos pareciam capazes de me ver por dentro: "Senhorita Lana, prazer, meu nome é Felipe, sou psicólogo."

Fiquei um pouco atônita, psicólogo...

"Eu fui colega de escola do David Oliva, cresci com ele, somos melhores amigos." - Falava como se fizesse questão de enfatizar a relação próxima que tinha com meu pai.

Eu o olhava chocada.

David era o pai de "Luna".

"Luna era doente quando criança, e sempre fui eu quem cuidou de seu atendimento psicológico." - Felipe disse com um sorriso.

Ele parecia ser um homem de meia-idade, mas tinha uma aura inata que o fazia se destacar na multidão.

Adonis ficou ao lado, observando atentamente cada movimento meu.

Eu estava desconfortável, sentindo-me como um rato de laboratório sob o escrutínio desses dois homens.

"Amigo de quem, médico de quem, o que isso tem a ver comigo?" - Franzi a testa.

Felipe sorriu: "Desculpe-me, fui intrometido".

Adonis também se explicou: "Minha mãe procurou o Dr. Cruz para me ajudar com terapia psicológica."

Eles continuaram falando, mas não consegui ouvir o resto.

Franzi a testa, convencida de que esses recém-chegados não tinham boas intenções.

"Senhora." - André me chamou: "O carro está aqui."

Levei um susto e olhei para André: "Você viu aquele homem com o Adonis? O tal do Felipe, que diz ser psicólogo?"

André assentiu calmamente com a cabeça: "Eu o conheço, ele é o melhor psiquiatra da Cidade Labirinto, uma autoridade. O chefe já o contratou para tratar o jovem."

"E não funcionou?" - Perguntei sem pensar.

"Ele disse que não havia nada de errado com o jovem." - A voz de André era profunda: "Autoridade, mas não tanto assim."

Respirei fundo: "Então essa é a autoridade..."

"Ele diz que o jovem está bem, mas afirma que a Srta. Luna, que não tem nada, está doente. É realmente muito irônico." - André falou calmamente: "Dizem que ele também veio daquele hospital psiquiátrico, o mesmo onde o jovem foi internado."

Olhei instintivamente para André, percebendo que havia uma mensagem subliminar em suas palavras, como se ele estivesse me dizendo algo propositalmente.